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    "O projeto de Israel para Gaza é a solução final", diz Ualid Rabah

    Presidente da Fepal diz ainda que o genocídio conta com o apoio do Ocidente e de vários políticos brasileiros de extrema-direita

    (Foto: Reuters | Divulgação)

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    247 – Neste sábado, em entrevista ao jornalista Mario Vitor Santos, da TV 247, Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), fez declarações contundentes sobre a situação em Gaza. Segundo Rabah, o projeto de Israel para Gaza é a "solução final", uma estratégia que visa a limpeza étnica com a eliminação de toda a população palestina. "O que Israel busca é uma Palestina sem palestinos", afirma.

    "Se Gaza fosse o Brasil, seria o equivalente à eliminação de 16 milhões de brasileiros", afirmou Rabah, destacando a proporção de mortes causadas por Israel em relação à população total. "Não há precedentes na História. E o mais assustador é que se trata de um genocídio televisionado."

    Rabah também sublinhou o papel dos Estados Unidos no conflito, afirmando que "tudo isso tem a marca dos Estados Unidos". Ele apontou que, embora o genocídio seja executado pela "elite degenerada de Israel", há a participação dos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França nesses crimes de lesa-humanidade. Ualid Rabah também menciona as reservas de gás na costa de Gaza, com reservas estimadas em US$ 580 bilhões.

    O apoio da extrema-direita brasileira

    Além de criticar os atores internacionais, Rabah chamou atenção para o apoio de políticos brasileiros de extrema-direita ao que ele classifica como genocídio. Ele citou especificamente os governadores Tarcisio de Freitas, de São Paulo, Ronaldo Caiado, de Goiás, e Romeu Zema, de Minas Gerais, como apoiadores dessa política.

    A declaração de Ualid Rabah ocorre em um momento de intensificação dos ataques em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, neste sábado, pelo menos 90 pessoas foram mortas e 300 ficaram feridas em um ataque aéreo israelense no campo de refugiados de al-Mawasi, uma "zona segura" designada por Israel. O exército israelense alegou que o alvo do ataque era o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, uma alegação prontamente rejeitada pelo Hamas, que afirmou que apenas "civis indefesos" foram mortos. Cerca de 40 mil palestinos foram assassinados por Israel, 90 mil foram gravemente feridos e outros 50 mil podem estar soterrados no genocídio que vem sendo conduzido por Benjamin Netanyahu desde 7 de outubro do ano passado. Assista a entrevista de Ualid Rabah:

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