OMS alerta: distribuição desigual de vacinas entre ricos e pobres prolongará a pandemia
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou a estratégia do "eu, primeiro" na vacinação contra o coronavírus. "Em última análise, essas ações apenas prolongarão a pandemia, as restrições necessárias para contê-la e o sofrimento humano e econômico", disse
247 - O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou nessa segunda-feira (18) para a enorme desigualdade na distribuição da vacina contra a covid-19 e alertou para as graves consequências disso.
"Devo ser franco: o mundo está à beira de um fracasso moral catastrófico, e o preço desse fracasso será pago com as vidas e meios de subsistência dos países mais pobres", afirmou ele no discurso de abertura do Comitê Executivo da OMS, que se reúne nos próximos nove dias.
O dirigente criticou a estratégia do "eu, primeiro" na vacinação. "Em última análise, essas ações apenas prolongarão a pandemia, as restrições necessárias para contê-la e o sofrimento humano e econômico", acrescentou.
O chefe da OMS apelou a um compromisso total com a plataforma Covax, coordenada pela OMS para garantir o acesso equilibrado às vacinas nos países em desenvolvimento. A ideia é que essas nações tenham ajuda financeira dos países desenvolvidos, que está prevista para começar a funcionar no próximo mês.
"Eu desafio todos os Estados-membros a garantir que, até o Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, as vacinas contra covid-19 sejam administradas em todos os países, como um símbolo de esperança de superar a pandemia e a desigualdades que estão na raiz de tantos desafios globais de saúde".
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