OMS pede novamente a Israel que evite ataque à cidade de Rafah
“Uma invasão em grande escala contra Rafah seria uma catástrofe humanitária”, alertou Tedros Adhanom
Prensa Latina - O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reiterou nesta quarta-feira (1), sua rejeição a uma possível ofensiva israelense contra a cidade de Rafah, em Gaza, onde mais de um milhão de palestinos estão refugiados.
“Uma invasão em grande escala contra Rafah seria uma catástrofe humanitária”, alertou o responsável na sua conta X.
Apelamos a Israel para que não prossiga e instamos todas as partes a trabalhar para um cessar-fogo e uma paz duradoura na região, disse ele.
Há poucas horas, Adhanom Ghebreyesus anunciou na mesma rede social um encontro com Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Médio Oriente.
Na reunião analisamos “a terrível e extremamente preocupante situação sanitária e humanitária em Gaza”, observou.
O chefe da OMS observou que a atual fome provocada pelo bloqueio israelita à entrada de ajuda humanitária aumentaram o risco de epidemias naquele território.
Nossas equipes continuarão a trabalhar juntas para apoiar os serviços básicos de saúde e a recuperação hospitalar em toda a Faixa, mas precisamos urgentemente de acesso sustentado, desimpedido e seguro, expressou ele no X.
Em nome da humanidade, apelo a Israel para não lançar a operação e dialogar para avançar no caminho da paz, expressou recentemente Adhanom Ghebreyesus, no meio dos preparativos para atacar a cidade.
A imprensa israelita revelou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu aos seus parceiros de extrema-direita no Governo que atacaria Rafah com ou sem um acordo de cessar-fogo com o Hamas.
Netanyahu justifica a operação com o argumento de destruir o último reduto do movimento islâmico na Faixa, embora especialistas, tanto israelitas como de outras latitudes, considerem impossível eliminar aquele grupo armado na sua totalidade.
Para a operação, o Exército deslocou duas outras brigadas de reserva para o enclave costeiro, em meio a apelos insistentes da comunidade internacional para evitar o ataque.
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