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    ONU diz que negacionismo de Bolsonaro ameaça ampliar pandemia

    A alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condena o desleixo do governo Bolsonaro e seu negacionismo em relação à gravidade da Covid-19. A atitude do governo brasileiro representa uma ameaça global de ampliar a pandemia

    Jair Bolsonaro e Michelle Bachelet

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    247 - A ex-presidente chilena, que hoje ocupa o posto de alta comissária da ONU para os direitos humanos criticou a posição do governo brasileiro sobre a pandemia da Covid-19.
    "Preocupa-me que declarações que negam a realidade do contágio viral, e a crescente polarização sobre questões-chave, possam intensificar a gravidade da pandemia, minando os esforços para conter sua propagação e fortalecer os sistemas de saúde", indicou, numa referência direta aos governos do Brasil, Burundi, Nicarágua, Tanzânia e Estados Unidos, informa o jornalista Jamil Chade em sua coluna no UOL.

    Hoje, com mais de 57 mil mortos e 1,3 milhão de casos, o Brasil é considerado como um dos principais epicentros da pandemia. Na comunidade internacional, a reação do governo brasileiro é alvo de intensa preocupação e, na avaliação da OMS, não há um sinal de quando a pandemia atingiria seu pico.

    Bachelet ainda alertou para a situação dos indígenas e da população afrodescendente, ainda que não tinha citado especificamente os países.

    "Os povos indígenas também são particularmente vulneráveis. O acesso inadequado aos serviços de saúde e a outras instalações agrava seu risco de pandemia, enquanto a ausência de dados desagregados dificulta a adoção de medidas sob medida para atender às suas necessidades. Chegou a hora de acabar com esta negligência", disse.

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