Organização Mundial de Saúde diz que Israel decretou sentença de morte para pacientes hospitalizados na Palestina
A ordem de evacuação de Israel para Gaza equivale a uma "sentença de morte", apontou a organização da ONU
247 – A ordem de evacuação de Israel para Gaza equivale a uma "sentença de morte" para pacientes vulneráveis em hospitais, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta reportagem da agência Al Jazeera. O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, afirmou que as autoridades de saúde em Gaza aconselharam que é impossível evacuar pacientes vulneráveis de hospitais em um prazo de 24 horas, como ordenado pelo exército israelense. "Há pessoas gravemente doentes cujas lesões significam que sua única chance de sobrevivência é estar em suporte de vida, como ventiladores mecânicos", disse Jasarevic na quinta-feira. "Portanto, mover essas pessoas é uma sentença de morte. Pedir aos profissionais de saúde que o façam é cruel."
Na quinta-feira, o exército israelense ordenou que 1,1 milhão de palestinos encurralados em Gaza se deslocassem para o sul em um prazo de 24 horas, antes de uma ofensiva terrestre esperada na região. As Nações Unidas alertaram que a realocação de tantas pessoas é "impossível" e poderia ter consequências devastadoras. O principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, descreveu a diretriz de Israel como "completamente irrealista". O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, pediu aos moradores que ignorem a ordem de Israel, classificando-a como "propaganda falsa".
A OMS já havia alertado que os hospitais em Gaza estão à beira do colapso e pediu a criação de um corredor humanitário para permitir a entrada de profissionais de saúde e facilitar a evacuação de doentes e feridos. Jasarevic afirmou que os hospitais têm apenas algumas horas de eletricidade por dia e estão sendo forçados a depender de geradores para manter funções críticas, com pacientes em unidades de terapia intensiva e recém-nascidos entre os mais vulneráveis. "O tempo está se esgotando para evitar uma catástrofe humanitária, se combustível, água, comida e suprimentos de saúde e ajuda humanitária que podem salvar vidas não puderem ser entregues com urgência à Faixa de Gaza, em meio ao completo bloqueio", disse ele.
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