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    Palestina acusa Israel de acelerar anexação da Cisjordânia

    Anexar a Cisjordânia ocupada é o sonho dos sionistas

    Bandeira palestina (Foto: REUTERS/Yara Nardi)

    Prensa Latina - O Conselho Nacional Palestino (CNP) acusou Israel nesta quarta-feira (12) de acelerar os planos de anexação da Cisjordânia ocupada sob o pretexto da guerra na Faixa de Gaza, onde mais de 44 mil pessoas morreram em 14 meses.

    Em comunicado, a organização indicou que o objetivo de Israel é levar a cabo o projeto expansionista anunciado pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, conhecido pelo seu apoio aos colonos judeus. 

    As autoridades daquele país pretendem “perpetuar a ocupação e impor novos fatos no terreno, em flagrante violação do direito internacional”, sublinhou. 

    A este respeito, advertiu que esta estratégia representa um desafio direto às reivindicações do mundo e um ataque aos direitos inalienáveis ​​e legítimos do povo palestino. 

    O CNP também pediu a imposição de sanções aos líderes israelenses e forçá-los a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o assunto. 

    Recentemente, o chefe da Comissão de Resistência ao Muro e aos Assentamentos, Muayyad Shaaban, revelou que Israel confiscou 5.200 hectares de terras na Cisjordânia desde o início do novo ciclo de violência, em Outubro de 2023, até ao final de Novembro. 

    De acordo com os seus dados, só no primeiro semestre de 2024, tropas e residentes de colonatos judaicos cometeram 7.681 violações na Cisjordânia. 

    Recentemente, vários especialistas palestinos alertaram sobre os planos expansionistas do governo de Benjamin Netanyahu.

    Anexar a Cisjordânia ocupada é o sonho de muitos ministros e parlamentares daquele país, disse o advogado Medhat Diba, citado pelo Wafa.

    Ele exemplificou com declarações recentes do Ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, conhecido por suas posições anti-árabes e a favor dos colonos judeus.

    Por seu lado, o diretor-geral do Departamento de Ação Popular da Autoridade de Resistência ao Muro e aos Assentamentos, Abdullah Abu Rahma, alertou que o plano israelita de anexar a Cisjordânia teria graves repercussões políticas, sociais e econômicas.

    Mais de 250 mil colonos israelenses vivem na zona ocupada de Jerusalém Oriental e outros 500 mil no resto da Cisjordânia, apesar das repetidas reivindicações da comunidade internacional, que considera estes territórios como parte do futuro Estado Palestino.

    Há poucos dias, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento observou que o sistema de controle imposto por Israel na Cisjordânia transformou o território num arquipélago de ilhas dispersas e desconectadas, que sustentam a anexação de grandes áreas.

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