Pandemia expõe crueldade do bloqueio econômico dos EUA sobre Cuba, diz diplomata
“É uma política desumana e cruel, que é politicamente insustentável. Deve-se exigir o seu levantamento imediato", destaca o embaixador de Cuba no Brasil, Rolando Gómez, sobre as dificuldades impostas ao país pelo bloqueio norte-americano
247 - Em uma nota dura, o embaixador de Cuba no Brasil, Rolando Gómez, afirmou que o avanço da covid-19 “evidencia as enormes limitações que impõe a Cuba o bloqueio econômico dos EUA, que é o impedimento fundamental para adquirir os medicamentos, equipamentos e materiais necessários para enfrentar a pandemia”, além de dificultar a chegada de ajuda internacional. “É uma política desumana e cruel, que é politicamente insustentável. Deve-se exigir o seu levantamento imediato”, destaca Gómez
No texto, ele ressalta que o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos impede o acesso a suprimentos e tecnologias que utilizem mais de 10% de componentes norte-americanos, apesar do fato de que “as empresas transnacionais dos EUA ou que utilizam componentes e tecnologia dos EUA são as principais produtoras de equipamentos e instrumentos médicos em qualquer país do mundo”.
Gómez observa, ainda, que o bloqueio dos EUA também impõe multas e sanções contra os países que comercializem com o país caribenho, restrições bancárias, sanções às companhias e de navegação, o que encarece a compra de alimentos e insumos necessários para o abastecimento da população cubana.
Ainda segundo o diplomata, “a comunidade internacional tem uma posição quase unânime de rejeitar o bloqueio econômico dos EUA contra Cuba, que tem sido um vizinho solidário diante de situações de emergência nos EUA, como demonstrado em 11 de setembro e por ocasião do furacão Katrina em 2005”.
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