Papa Francisco refuta acusações de comunismo: "cuidar dos pobres é cristianismo em estado puro"

247 - Em uma nova autobiografia intitulada "Life: My Story Through History", a ser lançada no dia 19 de março em inglês e italiano, o Papa Francisco rejeita veementemente as acusações de que suas políticas de combate à pobreza o tornam um comunista. Esta declaração surge em meio a um contexto de críticas da extrema direita e de setores conservadores da Igreja Católica, destaca o jornalista Jamil Chade em sua coluna no Uol.

O sumo pontífice, desde sua eleição para dirigir a Igreja Católica após a renúncia de Bento XVI, tem enfatizado o papel crucial de cuidar dos menos afortunados. No entanto, ele esclarece que este compromisso com os pobres não está vinculado a uma ideologia política específica, mas é, em vez disso, uma manifestação de seu cristianismo fundamental. "Os pobres são a bandeira do Evangelho e estão no coração de Jesus. Isso não é comunismo. Isso é cristianismo em estado puro", afirmou o Papa Francisco em sua autobiografia, destacando que a defesa dos pobres está no cerne do Evangelho.

O texto também aborda a saúde do pontífice. Apesar de enfrentar problemas nos últimos meses, Francisco rejeitou quaisquer sugestões de renúncia. Aos 87 anos, ele enfatiza que pretende continuar liderando a Igreja enquanto sua saúde o permitir.

Além disso, o livro oferece insights sobre sua eleição como Papa. Durante o Conclave, o Cardeal brasileiro Claudio Hummes o encorajou a não esquecer os pobres, e sugeriu o nome "Francisco" para seu pontificado.

Francisco aproveita ainda para reiterar sua posição sobre questões morais, condenando o aborto, mas também defendendo a bênção de casais do mesmo sexo por padres, enfatizando o amor de Deus por todos.

A autobiografia não se limita a questões religiosas e políticas; o Papa também compartilha sua paixão pelo futebol e menciona figuras como Diego Maradona e Lionel Messi.