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    Para não reconhecer influência do BRICS, Ocidente recusa diálogo sobre segurança, diz líder político francês

    "O Ocidente não quer falar sobre isso porque não quer reconhecer que nasceu um mundo diferente, mais equilibrado, é o BRICS, é um fato", disse Florian Philippot

    (Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil )

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    Sputnik - O Ocidente não quer um diálogo sobre uma nova arquitetura de segurança, para não reconhecer a influência do BRICS, mas o mundo unipolar acabou, disse à Sputnik o líder do partido francês Patriotas, Florian Philippot.

    "O Ocidente não quer falar sobre isso porque não quer reconhecer que nasceu um mundo diferente, um mundo mais equilibrado, é o BRICS, é um fato. O mundo unipolar do imperialismo americano acabou. Terminou de todas as maneiras: militar, demográfica, econômica. No ano passado, pela primeira vez, o PIB dos países do BRICS superou o dos países do G7, que é muito simbólico", disse Philippot.

    Ele destacou que agora está ocorrendo um "reequilíbrio do comércio internacional e até mesmo da diplomacia".

    "Quem está tentando resolver o conflito palestino-israelense hoje? Quem está tentando conduzir uma retórica mais equilibrada? São os países do BRICS, o Brasil, por exemplo. Uns 20-25 anos atrás, a França poderia ter desempenhado esse papel. Mas o papel hoje foi tomado pelos países do Sul. Lamento que a França esteja em silêncio e também esteja subordinada aos EUA nesta questão", disse o político.

    Segundo Philippot, o reequilíbrio de poder será "cada vez mais expresso por razões demográficas, econômicas, políticas e militares". Ele lamentou que a França, herdeira do general Charles de Gaulle, conhecido por sua crença na necessidade de construir um mundo unido "de Lisboa a Vladivostok", não tenha podido desempenhar o papel de mediadora entre os países ocidentais e novas potências influentes.

    "Temos territórios ultramarinos, a fronteira mais longa que temos é com o Brasil na Guiana Francesa […]. Temos muitas razões para ser uma nação de mediação. Poderíamos ser uma ponte entre o mundo anglo-americano, que está em declínio, e os [países do] BRICS, que estão se desenvolvendo", concluiu ele.

    Inicialmente formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS se define como uma associação de mercados emergentes e países em desenvolvimento, fundada em laços históricos de amizade, solidariedade e interesses compartilhados. Em 1º de janeiro deste ano, a Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã aderiram ao grupo.

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