Pentágono admite campanha de propaganda contra vacina chinesa da Covid-19
Campanha secreta do Pentágono nas redes sociais visava desacreditar a segurança e a eficácia da vacina Sinovac
(Sputnik) – O Departamento de Defesa dos Estados Unidos admitiu discretamente que estava conduzindo uma campanha de difamação contra a vacina chinesa contra a Covid-19 nas Filipinas durante os meses de pico da pandemia, informou a Reuters nesta sexta-feira (26), citando um documento de 25 de junho.
De acordo com o relatório, o Pentágono enviou uma carta formal ao Departamento de Relações Exteriores e ao Departamento de Defesa Nacional das Filipinas em junho, reconhecendo que havia deliberadamente desacreditado a vacina Sinovac da China para combater a Covid-19.
“É verdade que o (Departamento de Defesa) comunicou ao público das Filipinas questionando a segurança e a eficácia da Sinovac”, citou a reportagem.
Na carta, o Pentágono também admitiu que havia “cometido alguns erros” em suas mensagens relacionadas à Covid-19 e concluiu que sua campanha anti-vacina estava “desalinhada com nossas prioridades”, disse o relatório.
O documento também assegurou às Filipinas que as forças armadas dos EUA “melhoraram significativamente a supervisão e a responsabilidade das operações de informação” desde 2022 e “cessaram as mensagens relacionadas à Covid-19 sobre as origens e vacinas da Covid-19 em agosto de 2021”, de acordo com o relatório.
A Reuters informou em junho que, para combater a crescente influência da China nas Filipinas, a campanha secreta do Pentágono nas redes sociais visava desacreditar a segurança e a eficácia da vacina Sinovac desenvolvida pela China, bem como outras ajudas, como máscaras faciais, fornecidas pela China.
A maioria das postagens, feitas por pelo menos 300 contas do Twitter, apareceu no verão boreal de 2020 e girava em torno do slogan #Chinanagvirus, que significa “China é o vírus” em tagalo. A campanha começou na primavera de 2020 e se expandiu além do Sudeste Asiático, terminando em meados de 2021.
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