Pequim afirma que "a justiça deve ser feita" no Caso Assange
Na terça-feira, o Tribunal Superior de Justiça de Londres decidiu que Assange tem uma perspectiva real de sucesso em três dos nove fundamentos de apelação
PEQUIM, 27 de março (Sputnik) - O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, comentou a decisão do tribunal de Londres de permitir que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, continue contestando a decisão de sua extradição para os Estados Unidos, afirmando na quinta-feira que "a justiça deve ser feita" no caso.
Na terça-feira, o Tribunal Superior de Justiça de Londres decidiu que Assange tem uma perspectiva real de sucesso em três dos nove fundamentos de apelação. O tribunal pediu ao governo dos EUA que fornecesse garantias de que o fundador do WikiLeaks poderia reivindicar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante liberdades relacionadas à religião, expressão, reunião e direito de petição. O tribunal também pediu para garantir que Assange não seja prejudicado em seu julgamento devido à sua nacionalidade e que ele não enfrentará a pena de morte. A próxima audiência está marcada para 20 de maio, se as partes apresentarem os documentos necessários.
"O mundo inteiro está monitorando e simpatizando com a situação dos direitos humanos e o destino pessoal de Assange. A justiça deve ser feita," disse Lin em uma coletiva de imprensa.
Assange, um cidadão australiano, foi transferido para a prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, em abril de 2019, por acusações de violação de fiança. Nos EUA, ele enfrenta acusações sob a Lei de Espionagem por obter e divulgar informações classificadas que expuseram crimes de guerra e violações de direitos humanos cometidos por tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão. Se condenado, o fundador do WikiLeaks poderá enfrentar até 175 anos de prisão. Um dos últimos meios de impedir sua extradição para os EUA pode ser um recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Assange perdeu seu recurso anterior no Tribunal Superior do Reino Unido em junho passado.
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