Premiê britânico condena "violência da extrema-direita" em meio a novos protestos
Grupos contrários à imigração e aos muçulmanos espalharam a informação falsa de que o suspeito do ataque era um imigrante e um muçulmano radical
LONDRES (Reuters) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, condenou neste domingo o que ele classificou como "violência de extrema-direita", depois de dias de violentos protestos contra a imigração que culminaram em um ataque a um hotel, dizendo que os criminosos enfrentarão toda a força da lei.
Os protestos violentos eclodiram em cidades do Reino Unido depois que três meninas foram mortas em um ataque com faca em uma aula de dança para crianças em Southport, no noroeste da Inglaterra, na semana passada.
Grupos contrários à imigração e aos muçulmanos espalharam a informação falsa de que o suspeito do ataque era um imigrante e um muçulmano radical. A polícia disse que o suspeito nasceu no Reino Unido e não está tratando o caso como um incidente terrorista.
"Condeno totalmente a violência da extrema-direita que vimos neste fim de semana", disse Starmer em um comunicado. "Não tenha dúvida de que aqueles que participaram dessa violência enfrentarão a força total da lei."
Ele disse que a desordem tinha como alvo pessoas por causa da cor de sua pele ou crença religiosa, e disse que não havia como legitimar a desordem nas ruas do Reino Unido.
"Não importa qual seja a motivação aparente. Isso é violência, isso não é protesto", disse ele.
Starmer, que assumiu o cargo há um mês, depois que seu Partido Trabalhista obteve uma vitória eleitoral decisiva sobre os conservadores, disse que moradores e funcionários de estabelecimentos locais estão com "medo absoluto" das "gangues de saqueadores" em Rotherham.
"Não há justificativa -- nenhuma -- para tomar essa atitude e todas as pessoas de bom senso deveriam condenar esse tipo de violência", disse ele.
(Reportagem de Suzanne Plunkett, em Aldershot; Belinda Jiao, em Bolton, e outros fotógrafos da Reuters)
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