Presidente da Assembleia Nacional Francesa diz que 'tudo é possível' em assistência a Kiev
Segundo Emmanuel Macron, os líderes ocidentais discutiram a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, mas ainda não chegaram a um consenso
Sputnik Brasil - Ao defender as últimas declarações de Macron sobre o possível envio de tropas do país, a presidente da Assembleia Nacional da França, Yaël Braun-Pivet, afirmou que "tudo é possível" com relação ao envio de ajuda para a Ucrânia.
"No seu comunicado, o presidente da República disse que não exclui nada a priori. Na posição que a França demonstrou, demonstra e continuará a demonstrar até o final da guerra, até a vitória final, nada está excluído, tudo continua sendo possível. Não vou interpretar as palavras do presidente adicionalmente, essa posição é bastante compreensível", disse Braun-Pivet, conforme citado pelo canal de televisão ucraniano "Nós Ucrânia" em seu canal no Telegram.
O presidente russo Vladimir Putin, ao comentar sobre a operação militar especial, afirmou que "a vitória será nossa" e que a paz virá quando a Rússia alcançar seus objetivos na Ucrânia. O porta-voz do presidente, Dmitry Peskov, afirmou que nos Estados Unidos sabem que a Ucrânia não conseguirá vencer o conflito armado com a Rússia.
Em fevereiro, Macron disse que a União Europeia concordou em criar uma "nona coalizão para ataques profundos", fornecendo mísseis de médio e longo alcance para a Ucrânia. O presidente francês também afirmou que a França fará tudo para que a Rússia "não vença esta guerra".
Segundo Emmanuel Macron, os líderes ocidentais discutiram a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, mas ainda não chegaram a um consenso. Em uma reunião com líderes da oposição no início de março, Macron afirmou novamente que a França "não tem limites nem linhas vermelhas" no que diz respeito à ajuda à Ucrânia.
As palavras de Macron foram duramente criticadas por alguns parceiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), incluindo a Alemanha, além de forças políticas na própria França. Os líderes de todos os partidos políticos acusaram o presidente de arrastar Paris para o conflito, de imprudência, e também o criticaram por não ter consultado o parlamento sobre essas questões.
Mais tarde, Moscou afirmou que estava ciente das palavras de Macron sobre a discussão na Europa com relação ao envio de tropas para a Ucrânia, além da posição francesa contra o país. Conforme o governo, vários países participantes do evento de Paris sobre a Ucrânia mantêm "uma avaliação bastante sóbria dos perigos potenciais de tal ação e do perigo potencial de serem diretamente arrastados para um conflito quente", o que "absolutamente não está no interesse desses países, eles devem estar cientes disso".
A Rússia considera que o envio de armas para a Ucrânia dificulta a resolução do conflito, além de envolver diretamente os países da OTAN no conflito. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já declarou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará alvo legítimo para a Rússia.
Lavrov ainda afirmou que EUA e OTAN estão diretamente envolvidos no conflito, não apenas fornecendo equipamentos, mas também treinando militares no Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países. Moscou afirmou que o bombeamento da Ucrânia com armas pelo Ocidente não contribui para as negociações e terá um efeito negativo.
A Rússia iniciou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo Vladimir Putin explicou o objetivo da ação é "proteger as pessoas que têm sido alvo de abusos e genocídio pelo regime de Kiev durante oito anos".
Putin pontuou que a operação especial é uma medida necessária, já que a Rússia "não teve chance alguma de agir de outra forma, os riscos na área de segurança tornaram impossível reagir de outra maneira". Segundo o presidente, a Rússia tentou durante 30 anos chegar a um acordo com a OTAN sobre os princípios de segurança na Europa, mas foi confrontada ou com cinismo, mentiras, além de tentativas de pressão e chantagem, enquanto a aliança continua a expandir-se implacavelmente em direção às fronteiras da Rússia.
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