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Presidente da Câmara do Canadá renuncia após escândalo de homenagem a soldado nazista

Antes de sua renúncia, o presidente da Câmara do Canadá, Anthony Rota, chegou a emitir um pedido de desculpas, dizendo ser o único responsável pela homenagem

Presidente da Câmara, Anthony Rota (Foto: Reuters)

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Sputnik Brasil - O presidente da Câmara dos Comuns do Canadá, Anthony Rota, anunciou nesta terça-feira (26) que renunciará ao cargo após o escândalo sobre o convite e reconhecimento pelo Parlamento do ucraniano Yaroslav Hunka, um soldado nazista da Segunda Guerra Mundial. “É com grande pesar que informo os membros [da casa legislativa] da minha renúncia como presidente da Câmara dos Comuns”, disse o parlamentar.

Na última sexta-feira (22), Yaroslav Hunka, de 98 anos, recebeu aplausos na Câmara canadense pela sua atuação na Primeira Divisão Ucraniana, também conhecida como Divisão Galícia. Na verdade essas tropas atuavam em conjunto com a SS, Exército paramilitar do Partido Nazista de Adolf Hitler (1889–1945).

Sediada na região da Galícia, na Ucrânia, a divisão foi incorporada à 14ª Divisão de Granadeiros da SS e foi organizada exclusivamente para combater soviéticos. Composta por voluntários, muitos eram admiradores de Stepan Bandera (1909–1959), colaboracionista nazista ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial, ou viam os nazistas como aliados úteis para tentar conquistar autonomia ante Moscou. Essa divisão foi acusada de praticar diversos crimes de guerra.

O ato foi mal visto pela comunidade internacional e canadense, com países como Rússia, Polônia e Israel exigindo retratações. Antes de sua renúncia, o presidente da Câmara do Canadá, Anthony Rota, chegou a emitir um pedido de desculpas, dizendo ser o único responsável pela homenagem e que, sob a luz das novas informações, se arrepende de suas ações.

Imprensa, ativistas e líderes mundiais também solicitaram um pedido de desculpas formal do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que estava presente na sessão e também aplaudiu o soldado nazista. O político, no entanto, afirmou que a decisão de homenagear Hunka foi inteiramente de Rota, e que o pedido de desculpas do legislador foi "a coisa certa a se fazer".

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