Primeira-dama da França não deixará a carreira de jornalista
Mãe de três filhos, Valérie Trierweiler rechaça imagem de bibelô e fecha contrato com a revista Paris Match, para marcar sua independência. A companheira de François Hollande deixou a política de lado para evitar conflitos e vai escrever sobre cultura
Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Primeira-dama e ainda jornalista. É com essa imagem que Valérie Trierweiler quer ser vista na França. Companheira de François Hollande, o novo presidente francês, ela fechou um contrato com a revista Paris Match, onde trabalhou durante mais de 20 anos como jornalista política, para marcar de vez sua independência. A seção de política ficou para trás no momento em que assumiu seu relacionamento com Hollande em 2006. Agora, para evitar conflitos de interesse, a primeira-dama vai se dedicar a uma coluna mensal de cultura, intitulada Mês coups de coeur (Meus favoritos).
Em entrevista ao britânico Times, Valérie disse que quer "representar a imagem da França, fazer os sorrisos necessários, vestir-se bem, dar uma boa imagem, mas não ficar por aí". Não será, garante, "um bibelô".
"Preciso ganhar a vida, ter a minha independência. Sustento os meus três filhos (15, 17 e 19 anos). Não acharia normal que fosse o Estado ou o François encarregarem-se disso", disse.
Valérie nasceu de uma família modesta e estudou Ciência Política na universidade de Sorbonne. Seu primeiro emprego, como estagiária, foi no semanário 'Paris Match', os 23 anos.
Ela conheceu Hollande em 2004, ao publicar na revista um perfil do socialista, a quem chamou "O homem normal". Na época, ele ainda era casado com Ségoléne Royal, mãe dos seus quatro filhos e candidata às presidenciais de 2007. O romance começou secretamente em 2005, mas só foi revelado depois que Ségolène pediu o divórcio, logo depois de sua derrota nas urnas contra Nicolas Sarkozy.
A forte personalidade de Valérie promete torná-la à altura da sua antecessora, Carla Bruni-Sarkozy. A cantora e celebridade assumiu uma posição de mulher exemplar aos olhos dos franceses, sem deixar sua carreira de lado.
Valérie provou sua influencia em seu companheiro com uma radical mudança no estilo de François Hollande. Ele emagreceu, trocou o guarda-roupa e adotou uma postura mais firme, principalmente diante de sua ex-mulher, que não poupou adjetivos para diminuí-lo publicamente ao longo das prévias do partido socialista. Especialista em jornalismo político, Valérie dirigiu discretamente sua campanha e esteve presente, com a caneta na mão, no momento mais íntimo e importante para François Hollande – instantes antes de o resultado final da eleição ser anunciado.
A volta de Valérie ao mercado de trabalho foi confirmada pelo editor do L’Express, Renaud Revel, em seu blog. A primeira-dama, acompanhada de seus guarda-costas, se reuniu na semana passada com o diretor da publicação em que trabalha desde 1989, Olivier Royan, e ambos concordaram em continuar a colaboração.
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