Promotor do TPI que pediu prisão de Netanyahu é acusado de assédio sexual
Karim Khan disse que as alegações de má conduta se alinham com uma campanha de desinformação
(Reuters) - O órgão que supervisiona o Tribunal Penal Internacional (TPI) vai abrir uma investigação externa sobre seu promotor-chefe, Karim Khan, por suposta má-conduta sexual, disse a instituição em comunicado nesta segunda-feira, confirmando uma reportagem anterior da Reuters.
"Uma investigação externa vai ser iniciada para garantir um processo totalmente independente, imparcial e justo", diz o comunicado, pedindo também cooperação completa das partes.
Khan disse em um comunicado que permanecerá em sua função de supervisionar investigações sobre supostos crimes de guerra, incluindo no conflito Israel-Gaza, enquanto quaisquer questões relevantes para a investigação serão tratadas por procuradores adjuntos.
Khan negou anteriormente as alegações de má conduta que foram relatadas ao órgão de fiscalização do tribunal no mês passado. Na época, ele pediu ao próprio órgão de supervisão interna do tribunal que as investigasse.
Os juízes do TPI estão analisando o pedido de maio de Khan por mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seu ministro da defesa e líderes do Hamas.
Khan disse que as alegações de má conduta se alinham com uma campanha de desinformação contra seu escritório.
O TPI é um tribunal permanente que pode processar indivíduos por crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio e o crime de agressão em Estados-membros ou feito por indivíduos de nacionalidade dos membros.
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