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    Putin teve com Bolsonaro intimidade que não demonstrou com Macron e Scholz

    Presidente russo apertou a mão do brasileiro, que fez teste de Covid, e ficou distante dos líderes europeus, que se recusaram a passar pelo PCR

    Bolsonaro, Putin, Macron e Scholz (Foto: Alan Santos/PR | Reuters)

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    247 - O presidente russo, Vladimir Putin, teve nesta quarta-feira (16) com Jair Bolsonaro um encontro mais próximo - com direito a aperto de mão - do que com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, nos últimos dias.

    As conversas com Macron e Scholz viraram memes na internet, pelo tamanho da mesa que separava o russo dos líderes europeus. A informação divulgada foi a de que Macron e Scholz se recusaram a fazer o teste PCR russo por receio de que o governo do país tivesse acesso ao DNA. Por isso, tiveram que ser recebidos com distanciamento.

    Segundo imagens do serviço de imprensa do Kremlin, Scholz entrou por uma porta diferente na sala do Grande Palácio do Kremlin em que foi recebido por Putin. Eles não se cumprimentaram. O mesmo tratamento foi dispensado a Macron, inclusive nas entrevistas após as conversas (nos dois casos, sobre o conflito com a Ucrânia).

    >>> Macron recusou teste russo de Covid por temor sobre roubo de DNA, dizem fontes

    Já Bolsonaro, que aceitou se submeter ao teste de Covid-19 russo, foi liberado para a reunião após o resultado negativo. Apenas depois de passar pelas exigências sanitárias é que o formato do encontro foi definido como mais intimista, como ocorreu com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no início de fevereiro.

    Durante a conversa, os presidentes russo e brasileiro tiveram entre eles apenas uma pequena mesa. A conversa durou cerca de duas horas e incluiu um almoço. O Kremlin publicou uma longa declaração conjunta com detalhes dos temas tratados, basicamente voltados às relações bilaterais, especialmente comerciais.

    Toda a comitiva de Bolsonaro tem feito uma série de testes. Jornalistas brasileiros que acompanharam a visita e presenciaram a declaração conjunta dos presidentes também precisaram apresentar quatro testes negativos, relatou a correspondente de O Globo e Valor Econômico, Jussara Soares. O último foi feito na própria quarta-feira, antes do encontro entre os mandatários.

    Putin “busca a paz”

    Num gesto que o distancia de Washington, após um período de subserviência total aos Estados Unidos, Bolsonaro declarou que o Brasil é “solidário à Rússia” e que Putin “busca a paz”. “A leitura que eu tenho do presidente Putin é que ele é uma pessoa que também busca a paz”, declarou a jornalistas, minimizando alertas de potências ocidentais sobre os riscos do encontro.

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