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    "Quando os dois tiverem disposição, estamos prontos", diz Lula sobre conferência de paz entre Rússia e Ucrânia

    Presidente criticou a conferência que ocorre na Suíça, apenas com a participação da Ucrânia, para discutir o fim do conflito

    Lula (Foto: Reprodução/YouTube/Lula)

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    247 - O presidente Lula (PT) concedeu neste sábado (15) uma entrevista coletiva no encerramento do G7. Ele voltou a falar sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia e a criticar a conferência de paz unilateral que ocorre neste fim de semana na Suíça, evento que não é reconhecido por Moscou.

    Lula contou que no encontro que teve com a presidente da Suíça, Viola Amherd, foi convidado a participar da conferência, mas declinou da proposta por acreditar que uma conferência pelo fim da guerra precisa necessariamente contar com todas as partes envolvidas no conflito. "Com a presidenta da Suíça, ela foi a Genebra conversar comigo, em um gesto de gentileza dela, porque ela pegou o avião e foi a Genebra. Ela queria nos convidar para participar da reunião que está havendo neste final de semana para discutir a questão da paz. E eu disse para ela que o Brasil havia tomado a decisão de não ir porque o Brasil só participará de reunião para discutir a paz quando os dois lados em conflito estiverem sentados à mesa. Não é possível que tenha uma briga entre dois e você achar que se reunindo só com um você resolve o problema". 

    Lula afirmou que o Brasil estará à disposição quando Rússia e Ucrânia decidirem negociar o fim da guerra. "Como ainda há muita resistência, tanto do Zelensky quanto do Putin de conversar sobre paz, cada um tem a paz na sua cabeça do jeito que quer, nós estamos, depois de um documento assinando com a China pelo Celso Amorim e pelo representante do Xi Jinping, propondo que haja uma negociação efetiva, que a gente coloque definitivamente a Rússia na mesa, o Zelensky na mesa e vamos ver se é possível convencê-los de que a paz vai trazer melhor resultado do que a guerra. A paz ninguém precisa morrer, não precisa destruir nada, não precisa vitimar soldados inocentes, sobretudo jovens, e pode haver um acordo. Quando os dois tiverem disposição, nós estamos prontos para discutir".

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