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    Quase 450 mil palestinos já saíram de Rafah, em Gaza, devido ao ataque israelense

    População civil palestina tenta escapar do genocídio

    Palestinos deixam Rafah (Foto: MOHAMMED SALEM/REUTERS )

    Prensa Latina - Quase 450 mil palestinos fugiram da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para escapar da ofensiva terrestre israelense, iniciada há nove dias, denunciou nesta terça-feira (14)a ONU.

    “Ruas vazias em Rafah enquanto as famílias continuam a fugir em busca de segurança”, observou a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Médio Oriente (Unrwa) no seu relato na rede social X.

    As pessoas enfrentam constante exaustão, fome e medo. Nenhum lugar é seguro. Um cessar-fogo imediato é a única esperança, disse ele.

    Na mesma rede social, a porta-voz da UNRWA, Louise Wateridge, denunciou recentemente o êxodo dos palestinos.

    “As famílias deslocaram-se o mais para oeste possível, chegando agora à costa e ao longo da praia”, explicou.

    Hoje fui acordada pelo bombardeio da Marinha, o interior de Rafah é hoje uma cidade fantasma. É difícil acreditar que há apenas uma semana houvesse mais de um milhão de pessoas abrigadas aqui, frisou.

    Na segunda-feira, Wateridge criticou as reivindicações israelenses sobre a criação de zonas seguras para acolher os cidadãos que abandonam aquela cidade numa entrevista ao canal de televisão americano NBC.

    “Não quero ouvir ninguém me dizer que existe um lugar seguro em Gaza porque não existe. “Onde está essa segurança?”, disse.

    O comissário geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, também questionou os ataques militares e o êxodo da população civil.

    “As autoridades israelitas continuam a emitir ordens de deslocação forçada (…) o que está a forçar as pessoas em Rafah a fugir para qualquer lugar e para todo o lado”, lamentou.

    Há nove dias, as tropas israelitas ocuparam a passagem fronteiriça com o mesmo nome, que durante os últimos sete meses representou a única porta de entrada para Gaza para alimentos, medicamentos e combustível.

    O Exército cortou então a cidade em duas como parte da sua ofensiva contra o Hamas, no meio de duras críticas internacionais sobre os receios de um massacre em grande escala entre a população civil.

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