Quase metade da população rural na América Latina é pobre, diz FAO
O representante para América Latina e Caribe da FAO, Julio Berdegué, disse na quarta-feira (21) em Buenos Aires, que quase metade da população rural na América Latina e Caribe é pobre; é a primeira vez em 10 anos que a pobreza rural volta a aumentar na região, atingindo 59 milhões de pessoas
247, com Prensa Latina - O representante para América Latina e Caribe da FAO, Julio Berdegué, disse na quarta-feira (21) em Buenos Aires, que quase metade da população rural na América Latina e Caribe é pobre; é a primeira vez em 10 anos que a pobreza rural volta a aumentar na região, atingindo 59 milhões de pessoas
Pela primeira vez em 10 anos, a pobreza rural volta a aumentar na região, atingindo 59 milhões de pessoas. Foi o que se informou durante a apresentação de um documento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), no contexto da primeira edição da Semana da Agricultura e Alimentação que se desenvolve até 23 de novembro na capital argentina.
O problema da fome está na capacidade de acesso, milhões de pessoas não têm poder de compra de alimentos e isto está condicionado à pobreza rural, expressou Berdegué aos meios de imprensa.
Em sua opinião, os Congressos dos países são essenciais para alcançar o objetivo de Fome Zero, já que podem acelerar os processos de aprovação de políticas, são espaços de acordos políticos e fiscalizam o poder executivo.
A primeira edição do Panorama da Pobreza Rural na América Latina e Caribe advertiu sobre uma reversão na pobreza rural da região, que cresceu em dois milhões de pessoas entre 2014 e 2016, atingindo um total de 59 milhões.
A última vez que a região passou por um retrocesso desta magnitude em matéria de pobreza rural foi pelos efeitos da crise financeira internacional de 2008, apontou.
'Não podemos tolerar que um em cada dois habitantes rurais seja pobre e um da cada cinco, indigente. Pior ainda, sofremos um revés histórico, um problema que evidencia que estamos nos esquecendo do campo', enfatizou Berdegué.
A migração do campo está vinculada a territórios dizimados pela pobreza e a vulnerabilidade climática. Uma boa parte das pessoas que migram por falta de esperança, migram de zonas rurais arrasadas pela pobreza, a insegurança e a vulnerabilidade ambiental, ilustrou o documento.
Segundo a FAO, eliminar a pobreza rural é essencial para combater as economias ilegais como o tráfico ilícito de drogas, o tráfico de pessoas, a devastação das florestas e a mineração ilegal, fenômenos que ganham espaço e aumentam a insegurança nos territórios rurais.
Apesar de apenas 18% da população da região viver em áreas rurais, elas concentram 29% de todas as pessoas pobres da América Latina - 59 milhões - e 41% de todos os pobres extremos, 27 milhões de mulheres e homens, detalhou.
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