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    Republicanos pressionam Trump para manter créditos de energia limpa de Biden

    Membros do partido e líderes empresariais defendem incentivos verdes como parte da agenda de "domínio energético" do ex-presidente

    Donald Trump e Joe Biden (Foto: Reuters/Kevin Lamarque)
    Camila França avatar
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    247 - Um grupo crescente de republicanos e executivos do setor privado está se mobilizando para proteger os créditos fiscais para energia limpa, implementados durante o governo Biden. Apesar do histórico de Donald Trump em desmantelar políticas ambientais, esses incentivos têm impulsionado investimentos bilionários em energia renovável, especialmente em distritos controlados por republicanos. A informação é baseada em reportagem original do The New York Times.

    Os créditos fiscais, aprovados em 2022 como parte da Lei de Redução da Inflação, têm sido fundamentais para atrair investimentos em energia eólica, solar e outras fontes renováveis. No entanto, Trump, que fez do desmonte de políticas climáticas uma marca de sua gestão, agora pressiona o Congresso para cortar gastos federais, incluindo esses incentivos. A medida tem gerado resistência até mesmo dentro de seu próprio partido. "Para cumprir as promessas de campanha do presidente Trump de trazer de volta a manufatura e levar a sério a produção de energia nacional, precisamos adotar uma abordagem abrangente para essas questões", afirmou o deputado Andrew Garbarino, um dos líderes do movimento para preservar os créditos.

    Os créditos têm direcionado bilhões de dólares para a construção de fábricas e projetos de energia limpa em todo o país. De acordo com a Agência Internacional de Energia, os Estados Unidos registraram mais de US$ 315 bilhões em investimentos no setor no ano passado. Uma análise da Atlas Public Policy revela que cerca de 80% desses recursos foram para distritos republicanos, incluindo fábricas de baterias no Sudeste, uma mina de lítio em Nevada e parques eólicos no Texas. Apesar dos benefícios econômicos, Trump e parte de seus aliados no Congresso defendem a revogação da Lei de Redução da Inflação.

    Defensores dos créditos argumentam que sua revogação teria consequências negativas para os consumidores e para a economia. Um relatório da Clean Energy Buyers Association estima que a eliminação de dois dos principais créditos fiscais aumentaria os preços médios da eletricidade residencial em quase 7% até 2026, resultando em um custo adicional de mais de US$ 110 por ano para o consumidor médio. Heather Reams, presidente do Citizens for Responsible Energy Solutions, destacou os benefícios locais dos investimentos: "Muitos desses membros têm bilhões e bilhões de dólares investidos em seus distritos. Estamos olhando para os benefícios que isso está trazendo e dizendo: 'Os dólares e centavos somam.'"

    Com os republicanos mantendo uma margem estreita na Câmara, a pressão de membros do partido e líderes empresariais pode ser decisiva para manter os incentivos que têm transformado o cenário energético dos Estados Unidos. Enquanto o Congresso debate o futuro dos créditos fiscais, a campanha para preservá-los destaca as complexidades políticas e as alianças incomuns que caracterizam a revolução da energia limpa no país.

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