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    Rússia destrói centrais elétricas da Ucrânia e depósito de armas em ataque massivo

    Defesa russa diz que ofensiva foi resposta às tentativas de Kiev de danificar as instalações energéticas do país

    Ataque russo atinge infraestrutura elétrica da Ucrânia (Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS)

    Brasil de Fato - As Forças Armadas Russas atacaram centrais elétricas e um depósito de armas da Ucrânia numa ação realizada entre sexta-feira (21) e sábado (22). O Ministério da Defesa da Rússia disse que a ofensiva foi massiva e feita em resposta às tentativas de Kiev de danificar instalações energéticas do país. 

    "Em resposta às tentativas do regime de Kiev de danificar as instalações energéticas russas, as Forças Armadas da Federação Russa realizaram um ataque coletivo esta noite com armas de precisão de longo alcance aéreas e marítimas, bem como veículos aéreos não tripulados”, informou o ministério.

    “Os objetivos do ataque foram alcançados. Todos os alvos designados foram atingidos", diz o comunicado.

    Ainda segundo o governo russo, um depósito de armas da Ucrânia também foi destruído. Além disso, os ataques também atingiram veículos de combate produzidos no Reino Unidos, Estados Unidos e Canadá, os quais foram cedidos à Ucrânia.

    O Ministério da Energia da Ucrânia confirmou que plantas de transmissão de energia foram atingidas. Revelou que dois funcionários ficaram feridos e foram levados a hospitais.

    Maxime Timchenko, presidente de uma empresa ucraniana de energia, a DTEK, afirmou que o país sofrerá com uma grave crise no inverno por conta dos ataques. O presidente Volodymyr Zelensky pediu ajuda a aliados para reconstrução da rede elétrica do país.

    Zelensky também pediu a instalação de painéis solares em escolas e hospitais da Ucrânia.

    Longe do fim 

    No último dia 14 de junho, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que se a Ucrânia retirar as suas tropas das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye, anexadas pela Rússia durante a guerra, e recusar os planos de entrar na Otan, Moscou adotará "imediatamente um cessar-fogo" e iniciará negociações sobre a guerra da Ucrânia. Kiev, no entanto, rejeitou prontamente a proposta.

    Putin fez a proposta às vésperas da Conferência pela Paz na Ucrânia, que reuniu representantes de 90 países na Suiça. O encontro terminou com uma declaração conjunta com apelo à segurança do trânsito nuclear e marítimo. A carta, no entanto, não foi unânime. Treze países, incluindo o Brasil, não assinaram o documento por apresentarem opiniões divergentes sobre os caminhos para um acordo de paz. 

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