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    Rússia exige garantias "firmes" em tratado de paz com a Ucrânia

    Acordo de paz excluirá Ucrânia da OTAN, diz Rússia

    (Foto: Reuters)
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    Reuters - A Rússia buscará garantias "firmes" em qualquer acordo de paz com a Ucrânia de que os países da OTAN excluirão Kiev da filiação e que a Ucrânia permanecerá neutra, disse um vice-ministro das Relações Exteriores russo em comentários publicados nesta segunda-feira (17).

    O presidente dos EUA, Donald Trump, está tentando obter o apoio do presidente Vladimir Putin para uma proposta de cessar-fogo de 30 dias que a Ucrânia aceitou na semana passada e que, segundo Putin, precisa atender a condições cruciais para ser aceitável.

    Espera-se que Trump converse com Putin esta semana sobre maneiras de acabar com a guerra de três anos na Ucrânia , disse o enviado dos EUA Steve Witkoff à CNN no domingo, após retornar do que ele descreveu como uma reunião "positiva" com Putin em Moscou.

    Em uma ampla entrevista ao meio de comunicação russo Izvestia, que não fez referência à proposta de cessar-fogo, o vice-ministro das Relações Exteriores, Alexander Grushko, disse que qualquer tratado de paz duradouro na Ucrânia deve atender às exigências de Moscou.

    "Exigiremos que garantias de segurança inflexíveis se tornem parte deste acordo", disse Grushko, citando o Izvestia.

    "Parte dessas garantias deve ser o status neutro da Ucrânia e a recusa dos países da OTAN em aceitá-la na aliança."

    Moscou é categoricamente contra o envio de observadores da OTAN para a Ucrânia. Grushko também reiterou a posição do Kremlin.

    A Grã-Bretanha e a França disseram que estavam dispostas a enviar uma força de manutenção da paz para monitorar qualquer cessar-fogo na Ucrânia. O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese disse que seu país também estava aberto a solicitações.

    "Não importa sob qual rótulo os contingentes da OTAN seriam enviados ao território ucraniano: seja a União Europeia, a OTAN ou em caráter nacional", disse Grushko.

    "Se eles aparecem lá, significa que estarão instalados na zona de conflito, com todas as consequências para esses contingentes como partes do conflito."

    Grushko disse que a mobilização de observadores desarmados pós-conflito só poderá ser discutida quando um acordo de paz for firmado.

    "Podemos falar sobre observadores desarmados, uma missão civil que monitoraria a implementação de aspectos específicos deste acordo, ou mecanismos de garantia", disse Grushko. "Enquanto isso, é só conversa fiada."

    O presidente francês Emmanuel Macron disse em comentários publicados no domingo que o posicionamento de tropas de paz na Ucrânia é uma questão a ser decidida por Kiev e não por Moscou.

    Grushko disse que os aliados europeus de Kiev devem entender que somente a exclusão da Ucrânia da OTAN e a eliminação da possibilidade de mobilizar contingentes militares estrangeiros em seu território funcionarão para a região.

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