Rússia intensifica preparativos para visita de Nicolás Maduro
O presidente reeleito da Venezuela se encontrará em breve com seu homólogo russo
247 - O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, informou nesta quinta-feira (1) que os preparativos para a visita oficial que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem programado realizar à Rússia foram intensificados.
“Já se estava preparando (a visita), mas não se conseguiu coordenar as agendas. Depois começou a campanha eleitoral (na nação sul-americana)”, indicou Peskov a jornalistas.
“Contudo, agora que já venceu as eleições, pode-se supor que os preparativos serão mais ativos e a visita será realizada quando os líderes considerarem conveniente”, assinalou o porta-voz do Kremlin.
Na segunda-feira passada, o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, felicitou seu homólogo venezuelano pela vitória nas eleições realizadas em 28 de julho, que ele venceu com 51,20% dos votos.
Em uma mensagem, Putin ressaltou sua disposição “em continuar nosso trabalho conjunto construtivo sobre temas atuais da agenda bilateral e internacional. Lembre-se de que sempre será um hóspede bem-vindo em solo russo”.
A agência de notícias russa TASS informou que o diretor do Departamento de América Latina do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Shchetinin, explicou que a visita de Maduro à Rússia já estava prevista e que as datas exatas seriam coordenadas.
Em abril passado, o embaixador da Venezuela em Moscou, Jesús Rafael Salazar Velásquez, comentou que existe o interesse do presidente Maduro em se reunir com Putin, e que só resta conciliar as agendas de ambos os governantes.
Na última quarta-feira, 31 de julho, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, reafirmou que seu país rejeita categoricamente as tentativas de vários países de swe arrogarem o direito de reconhecer ou não os resultados do processo eleitoral na Venezuela.
“Gostaríamos de sublinhar a posição de princípio russa exposta anteriormente: a escolha dos dirigentes do país é privilégio exclusivo do povo. Estamos convencidos de que não deve haver dois pesos e duas medidas nesta matéria”, afirmou.
“Não é segredo que nos últimos anos em vários países temos observado graves violações, e em alguns casos flagrantes, dos processos democráticos e dos procedimentos legais para a transferência de poder. Ao mesmo tempo, os mesmos países que agora negam o óbvio não expressaram então nem uma condenação decisiva, nem mesmo uma preocupação elementar”, acrescentou.
Ela expressou que “partimos do princípio de que a reação da comunidade internacional e, em primeiro lugar, dos países latino-americanos às eleições na Venezuela deve estar direcionada a ajudar a manter a paz, encontrar soluções construtivas e manter a ordem pública. O governo de Nicolás Maduro, como vemos, está preparado para isso”.
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