Rússia apresenta condições para negociar rendição da Ucrânia
Secretário de imprensa do Kremlin afirma que a Rússia está pronta a negociar a rendição de Kiev e exige neutralidade e desmilitarização do país
247 com RT - Moscou está disposta a negociar os termos de rendição com Kiev em relação à ofensiva militar russa em andamento atualmente na Ucrânia, disse o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quinta-feira (24).
De acordo com Peskov, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou sua disposição de se engajar em discussões com o presidente ucraniano, com foco na obtenção da garantia do status de neutralidade e na promessa de não ter armas em seu território.
São termos que, segundo Peskov, possibilitariam a realização da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, e eliminariam o que a Rússia atualmente vê como uma ameaça à segurança de seu Estado e de seu povo.
“O presidente formulou sua visão do que esperaríamos da Ucrânia para que os chamados problemas de ‘linha vermelha’ fossem resolvidos. Este é um status neutro e isso é uma recusa em implantar armas”, esclareceu Peskov.
O secretário de imprensa acrescentou que Putin determinará o momento das negociações, mas garantiu que a Rússia só se envolverá “se a liderança da Ucrânia estiver pronta para falar sobre isso”.
“A operação tem seus objetivos – eles devem ser alcançados. O presidente disse que todas as decisões foram tomadas e os objetivos serão alcançados”, continuou Peskov, sugerindo que, se Kiev concordasse em atender às demandas, o atual ataque militar à Ucrânia poderia ser cancelado.
Nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, Putin instigou uma “operação especial” na Ucrânia, com o suposto objetivo de “garantir a paz” nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.
Os líderes das repúblicas fizeram reivindicações nos últimos dias de ataques em seu território pelo exército ucraniano.
Ao longo da quinta-feira, a operação se tornou um ataque em grande escala, com aeroportos, bases militares e cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, sendo danificadas em ataques aéreos na tentativa da Rússia de prejudicar qualquer resposta militar ucraniana.
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