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Sabotagem no Nord Stream tornou Europa dependente dos EUA em energia, diz Lavrov

Ministro russo acusa Europa de subserviência aos interesses americanos após ataque ao gasoduto

Sergey Lavrov (Foto: Tass)

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247 – Em entrevista ao documentário "MGIMO 80", o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou duramente a postura dos países europeus após a sabotagem dos gasodutos Nord Stream. Segundo Lavrov, o ataque fez com que a Alemanha e outras nações da Europa se tornassem economicamente dependentes dos Estados Unidos, especialmente no setor energético. A entrevista foi transmitida pela agência russa de notícias TASS.

"Todos ouviram falar do ataque terrorista aos Nord Streams, que foi engolido por uma Europa silenciosa e obediente, mesmo sendo um golpe contra suas próprias perspectivas de desenvolvimento, sobretudo para a Alemanha e outras nações europeias", declarou Lavrov. O ministro não poupou críticas à resposta tímida dos líderes europeus e afirmou que o ataque "os tornou dependentes dos EUA em questões econômicas, financeiras e energéticas".

O gasoduto Nord Stream, que transportava gás natural da Rússia para a Alemanha através do Mar Báltico, foi alvo de uma série de explosões em setembro de 2022, em um incidente amplamente considerado sabotagem. Desde então, a crise energética na Europa se intensificou, forçando muitos países a buscarem fontes alternativas de energia, em grande parte fornecidas pelos Estados Unidos.

Lavrov argumentou que a falta de reação da Europa ao ataque revela uma subordinação aos interesses de Washington. "A Europa aceitou esse golpe contra sua própria independência e capacidade de desenvolvimento, tornando-se, na prática, um apêndice dos Estados Unidos", criticou.

A declaração do ministro russo faz parte de uma estratégia contínua de Moscou para culpar os Estados Unidos e seus aliados europeus pelos desafios econômicos enfrentados pela Rússia e pela crescente tensão no cenário energético global.

A entrevista de Lavrov ocorre em um contexto de relações cada vez mais tensas entre a Rússia e o Ocidente, com sanções dominando as trocas diplomáticas e comerciais desde o início do conflito na Ucrânia.

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