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Scholz admite que muitos alemães estão insatisfeitos com ajuda à Ucrânia

O partido de Scholz foi derrotado na eleição parlamentar europeia

Chanceler alemão Olaf Scholz em Berlim 9/9/2022 (Foto: REUTERS/Christian Mang)

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247 - Muitos alemães não estão felizes com o apoio de seu país à Ucrânia em seu conflito com a Rússia, o que está fazendo com que a votação do Partido Social-Democrata (SPD) caia em muitas regiões, reconheceu o chanceler Olaf Scholz.

Em uma entrevista à emissora ARD no domingo, Scholz, cujo partido recentemente sofreu um grande revés nas eleições parlamentares europeias, comentou o fato de que o SPD tinha apenas 7% de apoio em algumas partes do leste da Alemanha, que tradicionalmente tem sido mais positivamente predisposto em relação à Rússia.

“Algo está acontecendo lá”, disse o chanceler, acrescentando que “não há como contornar isso.”

Ele reconheceu que o fraco apoio ao SPD se deveu, entre outras coisas, ao fato de que “muitas pessoas não concordam com o apoio à Ucrânia e as sanções contra a Rússia. Isso também se reflete nos resultados das eleições”, afirmou Scholz. “Não há alternativa para mudar isso.”

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O chanceler também comentou sobre as próximas eleições estaduais em Brandemburgo, Turíngia e Saxônia. De acordo com as pesquisas, o partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) está liderando a corrida, embora por uma pequena margem, em cada uma das regiões, que estão todas localizadas na parte oriental ou central do país.

Ao mesmo tempo, Scholz expressou esperança de que a eleição não resulte em um membro da AfD se tornando chefe do governo local, expressando preocupação de que tal desenvolvimento “seria muito deprimente.” Ele sugeriu que, apesar da crescente popularidade da AfD, outros partidos ainda teriam a maioria parlamentar.

O SPD de Scholz obteve apenas 14% dos votos na eleição parlamentar europeia no início deste mês, a pior performance do partido em décadas. A União Social Cristã (CSU) ficou em primeiro lugar com 30% dos votos, seguida pela AfD com 16%. O mapa eleitoral mostrou uma divisão acentuada entre os eleitores aproximadamente ao longo das fronteiras da era da Guerra Fria entre a Alemanha Ocidental e Oriental, com o Oeste votando principalmente na CSU e o Leste na AfD.

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Este último partido tem se oposto consistentemente às entregas de armas à Ucrânia, criticado as sanções ocidentais contra a Rússia como contrárias aos interesses alemães e chamado por negociações de paz imediatas. A Alemanha é o maior doador de ajuda militar à Ucrânia na Europa, tendo fornecido ou comprometido assistência no valor de cerca de €28 bilhões (US$30 bilhões).

A Rússia tem criticado repetidamente as entregas de armas ocidentais à Ucrânia, argumentando que elas apenas prolongam o conflito sem mudar seu desfecho.

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