Scholz condena o uso de armas alemães por Kiev em ataques ao território russo
A fala do chanceler acontece em meio a um debate sobre as regras de utilização dos armamentos fornecidos à Ucrânia
Sputnik - O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou neste domingo (26) que não autoriza que Kiev utilize armas alemães para atacar o território russo.
A fala do chanceler acontece em meio a um debate sobre as regras de utilização dos armamentos fornecidos à Ucrânia.
"Existem regras claras [em relação às armas alemãs] que foram negociadas com a Ucrânia e que funcionam", disse Scholz durante uma conversa com os cidadãos.
No início do mês, a Reuters noticiou que o secretário das Relações Exteriores britânico, David Cameron, teria afirmado que Kiev pode decidir o que fazer com as armas enviadas por Londres, como atacar alvos dentro do território russo.
A publicação depois retirou o texto do ar.
Em seguida foi a vez do New York Times noticiar que os Estados Unidos estavam pensando em afrouxar as regras sobre o uso dos armamentos. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que embora a política estadunidense não mude, cabe a Kiev tomar suas próprias decisões.
Olaf Scholz, por sua vez, citado pelo portal Tagesschau, afirmou que o objetivo da política alemã é evitar que o conflito na Ucrânia se transforme numa grande guerra.
"De qualquer forma, esta é a minha posição", acrescentou Scholz.
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia dá continuidade a uma operação militar especial na Ucrânia, cujos objetivos, segundo o seu presidente, Vladimir Putin, são proteger a população de "um genocídio do regime de Kiev" e enfrentar os riscos de segurança nacional que representa o avanço da OTAN para leste.
Moscou alertou repetidamente que a OTAN está "brincando com fogo" ao fornecer armas à Ucrânia, e que os comboios estrangeiros com armas são um "alvo legítimo" para os seus militares assim que atravessassem a fronteira.
Os Estados Unidos e a OTAN, segundo o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, não só através do fornecimento de armas, mas também através da formação de tropas no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
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