Solidariedade China-África em destaque na preparação para a Cúpula do Fórum de Cooperação (FOCAC)

Global Times - O presidente chinês Xi Jinping se reuniu na terça-feira com líderes de vários países africanos e o presidente da Comissão da União Africana (UA), continuando o ímpeto de interações cooperativas e solidariedade na preparação para a Cúpula de 2024 do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que ocorrerá de quarta a sexta-feira em Pequim.

Na terça-feira, a China anunciou conjuntamente a elevação dos laços bilaterais para uma parceria estratégica com Malawi, Chade e Mauritânia, respectivamente, enquanto a China e a Nigéria anunciaram a elevação dos laços para uma parceria estratégica abrangente no mesmo dia.    

Analistas disseram que as reuniões intensivas entre líderes chineses e africanos e a melhoria das relações bilaterais demonstram plenamente que as relações China-África entraram em um rápido caminho de desenvolvimento.

Além disso, laços mais estreitos China-África são propícios para todo o Sul Global, com mais vozes para salvaguardar interesses, lutar por mais oportunidades de desenvolvimento e reunir mais forças para promover a justiça na governança global, acrescentaram.  

Durante sua reunião com o presidente queniano William Ruto, Xi observou que os dois países têm estado na vanguarda do avanço conjunto da cooperação do Cinturão e Rota e concluíram uma série de projetos emblemáticos de infraestrutura, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e social regional e beneficiando os dois povos. 

Os dois lados devem alinhar a cooperação de alta qualidade do Cinturão e Rota com o projeto econômico do Quênia, Visão 2030, e aumentar a cooperação na economia digital, nova energia, economia, comércio, redução da pobreza e outras áreas, disse Xi.

Ruto disse que o Quênia acolhe os esforços contínuos da China para aumentar o investimento no Quênia e expandir a cooperação prática em vários campos, particularmente em conectividade, nova energia e desenvolvimento da juventude.

Em uma reunião com o presidente chadiano Mahamat Idriss Deby Itno na terça-feira, Xi disse que a China tem sido o maior parceiro comercial e de investimento do Chade por anos, e a China está disposta a sinergizar ainda mais as estratégias de desenvolvimento com o Chade e pressionar por novos progressos nas relações bilaterais.

Xi disse ao presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, que a China está pronta para aprofundar a cooperação amigável com o Malawi a partir de um novo ponto de partida para promover o desenvolvimento comum e beneficiar seu povo.

Speedway para o desenvolvimento

Song Wei, professor da Escola de Relações Internacionais e Diplomacia da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, disse ao Global Times na terça-feira que reuniões intensivas entre líderes chineses e africanos e a melhoria das relações bilaterais demonstram plenamente que as relações China-África entraram em um rápido caminho de desenvolvimento.

Líderes de ambos os lados atribuem grande importância à sinergia de estratégias de desenvolvimento e à continuação da promoção de cooperação aprofundada, disse Song. 

De acordo com analistas, a infraestrutura e a conectividade continuarão a desempenhar um papel fundamental na cooperação futura entre a China e a África, promovendo assim a integração do continente e facilitando a integração da África nas cadeias industriais globais.

Embarcar na "quarta Revolução Industrial" é crucial para o desenvolvimento da África. A China ajudará a África a alcançar sua transformação e desenvolvimento digital e tecnológico por meio da transferência de tecnologia e cooperação técnica, disse Song. 

Durante a reunião de terça-feira com o presidente Xi, líderes de países africanos expressaram adesão ao princípio de uma só China e apoio às três principais iniciativas propostas pela China, a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global. 

Cooperação com o Sul Global 

Durante a reunião com o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, na terça-feira, Xi disse que a China considera a África uma grande prioridade em sua diplomacia e está disposta a aumentar as trocas políticas, aprofundar a confiança mútua estratégica, fortalecer a cooperação pragmática, compartilhar experiências de desenvolvimento e promover o desenvolvimento comum com a África.

Observando que a UA é uma bandeira que guia a unidade e o autofortalecimento da África e uma plataforma importante para a cooperação internacional, Xi disse que a China apoia a UA a desempenhar um papel maior no desenvolvimento da amizade China-África.

Faki expressou gratidão pelo firme apoio da China na luta da África contra o colonialismo, o imperialismo e o racismo, bem como sua valiosa assistência aos países africanos em áreas como infraestrutura, saúde, energia, indústria e segurança. 

Ele disse que a UA está disposta a trabalhar com a China para manter alta a bandeira da cooperação do Sul Global e praticar o verdadeiro multilateralismo. Ele disse que o lado africano persegue firmemente a política de uma só China e apoia firmemente a China na salvaguarda de seus principais interesses, observando que as três principais iniciativas dedicadas a compartilhar oportunidades de paz e desenvolvimento entre as pessoas ao redor do mundo são essenciais para promover a unidade e a cooperação entre os países do Sul Global e a justiça do sistema de governança global. A 

China é o maior país em desenvolvimento, e a África é o continente com mais países em desenvolvimento. A cooperação entre os dois lados forma a base do desenvolvimento do Sul Global, disse Song. 

Por meio da cooperação, a China injetou ímpeto no desenvolvimento independente da África, enquanto a interação entre a China e a África será propícia para coordenar as posições e aumentar o apoio mútuo do Sul Global em estratégias globais, questões importantes e governança global, disse Song. 

A cooperação entre a China e a África também ajudará o Sul Global, especialmente sob as estruturas dominadas pelo Ocidente, a oferecer mais vozes para salvaguardar interesses, lutar por mais oportunidades de desenvolvimento e reunir mais forças para promover a justiça na governança global, observaram especialistas.