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Terror no Paquistão: ataques tentam barrar projetos de infraestrutura da China

Baluchistão, rico em recursos, quer que empresas chinesas impulsionem a região, mas enfrenta resistência local e insurgência terrorista

Rebeldes Balúchis segurando suas armas enquanto posam para uma fotografia (Foto: Reuters)

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247 - Os ataques coordenados por militantes separatistas na região do Baluchistão, no Paquistão, resultaram na morte de mais de 70 pessoas na última semana e foram amplamente condenados pelas autoridades como uma tentativa de sabotar os projetos de infraestrutura financiados pela China. Segundo o governo, esses ataques, que coincidiram com a visita de um alto general chinês à capital paquistanesa, Islamabad, têm como alvo específico o Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC), um projeto avaliado em US$ 65 bilhões, que inclui a construção de um novo aeroporto e um porto de águas profundas em Gwadar. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, declarou que "os terroristas querem parar o CPEC e os projetos de desenvolvimento", e rejeitou qualquer possibilidade de negociações de paz com os insurgentes.

A violência foi reivindicada pelo Exército de Libertação do Baluchistão (BLA), o maior grupo militante da região, que há décadas luta por independência e, agora, pela expulsão dos projetos da Nova Rota da Seda do Baluchistão. O grupo terrorista, que advertiu que ataques ainda mais intensos e generalizados estão por vir, tem conduzido uma insurgência contra o governo paquistanês, enfrentando uma violenta repressão em ambos os lados da fronteira. 

Em retaliação, os militares do Paquistão lançaram operações baseadas em inteligência na província do sudoeste. Somente na sexta-feira, o exército disse que cinco insurgentes foram mortos e outros três ficaram feridos nas três operações que lançou na província.

Diante das ameaças, a inauguração do aeroporto em Gwadar, financiado pela China e que promete impulsionar a região, foi adiada para uma revisão de segurança. A China, um grande aliado e investidor no Paquistão, condenou os ataques e reafirmou seu compromisso de apoiar os esforços paquistaneses contra o terrorismo. (Com agências).

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