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    Trabalhadores de Gaza enrolam corpos em panos após bombardeios no norte de Gaza

    "Esta é a segurança e proteção que Israel reivindica", diz um palestino

    Pessoas carregam o corpo de palestino morto em ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza - 09/10/2023 (Foto: REUTERS/Mahmoud Issa)

    Reuters - Em um pedaço de terreno arenoso entre construções de alvenaria desmoronadas, edifícios queimados e carros danificados, trabalhadores de equipes de defesa civil se movem de corpo em corpo, enrolando sudários brancos em torno de um grupo de pessoas mortas na guerra que já dura 11 semanas em Gaza.

    Enquanto Israel luta para arrancar o controle total do norte de Gaza das mãos do Hamas, a cena no campo de refugiados de Jabalia reflete o risco mortal que os implacáveis ataques aéreos e bombardeios representam para os palestinos.

    A atividade foi captada em um vídeo divulgado pelo serviço da Defesa Civil palestina, que também mostrou um trabalhador escavando manualmente para tentar recuperar um cadáver aparentemente queimado e preso sob os escombros.

    O número de mortos palestinos no conflito atingiu 20.258, disse o Ministério da Saúde palestino no sábado (24). Acredita-se que outros milhares de corpos estejam presos sob os escombros.

    Quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados, em uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.

    Israel afirma ter alcançado o controle operacional quase completo do norte de Gaza, e está se preparando para expandir uma ofensiva terrestre para outras áreas, mas os moradores de Jabalia relataram bombardeios aéreos persistentes, além de ataques de tanques israelenses, que, segundo eles, avançaram cidade adentro no sábado.

    Israel disse no domingo que 154 soldados foram mortos desde que lançou a incursão terrestre em Gaza em 7 de outubro.

    Palestinos de Khan Younis, no sul, foram vistos procurando seus pertences entre os escombros após um recente ataque aéreo.

    Parado entre os escombros, Sami Barees, residente de Khan Younis, disse que sua casa foi destruída e que o ataque aéreo ocorreu no que deveria ser uma zona segura.

    "Esta é a segurança e proteção que Israel reivindica", disse ele.

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