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    Trump estimulou por semanas manifestantes que invadiram o Capitólio

    Enquanto a extrema-direita se organizava em plataformas nas redes, Donald Trump fazia campanha do ato do dia 6 em seus perfis nas redes sociais

    Donald Trump (Foto: Carlos Barria/Reuters)
    Juca Simonard avatar
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    247 - Os manifestantes que invadiram o Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, na quarta-feira, 6, foram convocados pelo presidente do país, Donald Trump, (Republicano), durante mais de duas semanas.

    Os apoiadores de Trump impediram temporariamente a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden (Democrata), o que ocorreu quando acabaram as convulsões. Os trumpistas alegam que teria ocorrido uma fraude contra Trump nas eleições norte-americanas de 2020.

    “Grande protesto em D.C. (Washington) em 6 de janeiro”, Trump postou no Twitter em 19 de dezembro. “Compareçam. Será uma loucura!”, continuou.

    Nas redes sociais, os trumpistas não buscaram esconder seu real objetivo: invadir o Capitólio. Apoiadores do presidente norte-americana postavam que iriam “ocupar o Capitólio” e fotos de armas de fogo (no ato do dia 6, foram apreendidas 5), deixando claro o intuito.

    Após perder a eleição em novembro deste ano, o primeiro grupo “Stop the Steal” (pare o roubo) foi formado no Facebook e chegou a ter 320 mil seguidores, até ser fechado pela plataforma. Depois deste, surgiram vários - todos fechados pelo Facebook, motivo pelo qual a extrema-direita norte-americana tem migrado para plataformas como Parler e Gab.

    Enquanto isso, Trump continuou a estimular o ato. “Vejo vocês em Washington no dia 6 de janeiro. Não percam. Mais informações a seguir”, publicou no dia 27 de dezembro.

    30 de dezembro: “6 DE JANEIRO, VEJO VOCÊS EM WASHINGTON”.

    1º de janeiro: “O GRANDE protesto em Washington terá lugar às 11h do dia 6 de janeiro. Informações sobre local a seguir. StopTheSteal!”

    Em 2 de janeiro, senadores republicanos se aliaram com mais de cem deputados republicanos, prometendo apresentar uma objeção à certificação da eleição de Biden.

    Nas plataformas alternativas, grupos de extrema-direita passaram a se reunir para organizar o ato. Já no Facebook, foram compartilhados os endereços de juízes federais, parlamentares e progressistas conhecidos.

    No dia 6, Trump e seus apoiadores declararam guerra aos parlamentares e invadiram a sede do Legislativo norte-americano, confrontando-se com forças de segurança.

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