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    UE busca manter unidade no apoio à Ucrânia em meio à pressão dos EUA

    Lideranças europeias discutiram estratégia conjunta após Washington suspender ajuda militar a Kiev

    Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao lado do presidente do Conselho Europeu, António Costa, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas - 06/03/2025 (Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq)
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    247 - Os líderes europeus disseram nesta quinta-feira (6) que apoiam a Ucrânia e gastarão mais em defesa após a reversão das políticas dos Estados Unidos realizadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. As informações são da Reuters

    "A Europa deve enfrentar esse desafio, essa corrida armamentista. E deve vencê-la", disse o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, ao chegar à cúpula em Bruxelas.

    "A Europa como um todo é realmente capaz de vencer qualquer confronto militar, financeiro e econômico com a Rússia -- somos simplesmente mais fortes", disse Tusk.

    Muitos líderes da UE elogiaram as propostas da Comissão Europeia nesta semana para dar a eles flexibilidade fiscal nos gastos com defesa e para emprestar conjuntamente até 150 bilhões de euros (US$160 bilhões) para os governos da UE gastarem em suas Forças Armadas.

    "Estamos aqui para defender a Ucrânia", disse o presidente da reunião, António Costa, enquanto ele e a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ambos com um largo sorriso, recebiam calorosamente o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em nítido contraste com o confronto entre Trump e Zelenskiy no Salão Oval da Casa Branca na semana passada.

    Mas décadas de dependência da proteção dos EUA, divergências sobre financiamento e sobre como a dissuasão nuclear da França poderia ser usada para a Europa mostraram como seria difícil para a UE preencher o vazio deixado por Washington após o congelamento da ajuda militar à Ucrânia.

    Washington forneceu mais de 40% da ajuda militar à Ucrânia no ano passado, de acordo com a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), parte da qual a Europa não poderia substituir facilmente. Alguns líderes ainda tinham esperança, pelo menos em público, de que Washington poderia ser persuadido a voltar ao grupo.

    "Devemos assegurar, com cabeça fria e sensata, que o apoio dos EUA também seja garantido nos próximos meses e anos, porque a Ucrânia também depende do apoio deles para sua defesa", disse o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, que está deixando o cargo.

    Além das dificuldades da UE, o líder nacionalista da Hungria, Viktor Orban, aliado de Trump, pode vetar uma declaração unânime de apoio a Kiev, embora tenha deixado claro que apoiaria medidas para aumentar os gastos com a defesa da própria Europa.

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