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    Uma guerra em grande escala entre a Rússia e o Ocidente não pode ser descartada, diz especialista

    Especulações sobre uma escalada do confronto entre a Rússia e potências ocidentais têm crescido nas últimas semanas

    Ivan Timofeev (Foto: TASS)

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    TASS - A probabilidade de uma guerra em grande escala irromper entre a Rússia e o Ocidente está crescendo, mas não é inevitável, disse o Diretor-Geral do Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia (RIAC), Ivan Timofeev, à TASS. 

    “Uma guerra em grande escala não é uma conclusão precipitada, mas, infelizmente, a sua probabilidade está a aumentar”, destacou ele antes de uma conferência internacional intitulada “Rússia e China: Cooperação numa Nova Era”. "Uma opção é que haja um grande aumento no confronto entre nós e o Ocidente. Na raiz disto está a questão da Ucrânia, já que o Ocidente continua a fornecer assistência militar em grande escala a Kiev", acrescentou Timofeev. 

    Segundo ele, a possibilidade iminente de uma escalada no conflito ucraniano inclui um confronto direto entre a Rússia e o Ocidente. "Vários responsáveis, especialmente na França e no Reino Unido, afirmaram que unidades militares individuais de países da Otan podem ser enviadas para a Ucrânia. Se participarem em operações militares contra as forças russas, tornar-se-ão um alvo legítimo para o nosso exército, " Timofeev explicou. "Esperemos que esta possível escalada envolva armas convencionais e não armas nucleares. Entretanto, a Otan está a gastar dez vezes mais que a Rússia - se não mais - em defesa. É certamente um cenário perigoso", observou o diretor-geral da RIAC. 

    O Ocidente está plenamente consciente deste perigo, acredita o especialista. "A liderança da Otan fez declarações de que não serão enviadas tropas para a Ucrânia, e vários políticos da UE disseram que isso é contraproducente. Isso significa que não estão unidos nesta questão", sublinhou Timofeev.

    “Quanto à Rússia, devemos levar em conta todos os cenários possíveis. Temos capacidade para dissuadir estas ameaças”, enfatizou o chefe da RIAC. “No entanto, tal cenário causará danos irreparáveis ​​a todos”, acrescentou.

    Timofeev salientou que o cenário de base era que o Ocidente continuaria a ajudar ativamente a Ucrânia através do fornecimento de armas e equipamento. “O Ocidente também continuará a trabalhar para conter e isolar a Rússia”, observou ele, acrescentando: “Estas linhas divisórias entre nós podem existir durante décadas”.

    Dito isto, a Rússia e o Ocidente viverão num confronto frio, “e por vezes até quente”, dado que o conflito na Ucrânia continua, concluiu o analista.

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