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    "Vamos voltar", gritou multidão da praça de Maio, em Buenos Aires, para Lula

    Vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, que discursava, dirigiu-se ao ex-presidente: "A última vez que eles gritaram isso, Lula, deu certo"

    (Foto: Sutckert | Reprodução)

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    247 - Durante sua participação no Dia da Democracia nesta sexta-feira (10), na Praça de Maio, em Buenos Aires, o ex-presidente Lula ouviu de uma multidão de argentinos o grito de "vamos voltar", em referência ao seu eventual retorno à presidência do Brasil em 2022. 

    Em resposta à manifestação do público, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou: "veja companheiro, cada vez que cantaram isso não se equivocaram!". 

    Assista:


    Unidade latino-americana

    Em seu discurso, Lula reforçou a união entre países latino-americanos que precederam a série de golpes que aconteceram na região. 

    “Tive a felicidade de governar o Brasil no período em que Cristina Kirchner governou a Argentina, Hugo Chávez era presidente da Venezuela, quando o índio Evo Morales era presidente da Bolívia, quando Tabaré [Vázquez e Pepe Mujica governavam o Uruguai, [Fernando] Lugo era presidente do Paraguai, Michelle Bachelet e [Ricardo] Lagos eram presidente do Chile, Rafael Correa era presidente do Equador”, disse.

    “Estes companheiros progressistas, socialistas e humanistas fizeram parte do melhor momento de democracia da nossa pátria grande, a nossa querida América Latina”, destacou o petista. 

    “Posso afirmar a todas as mulheres e homens que a nossa querida América do Sul viveu o melhor período de 2000 a 2012 quando nós governamos democraticamente todos os países da América do Sul. Quando expulsamos a Alca, criamos a Unasul, a Celac [...], em que participava Cuba e não participava nem os Estados Unidos, nem o Canadá”, concluiu.

    Perseguição política

    Ele também agradeceu a solidariedade do povo argentino, que denunciou sua perseguição política pela Lava Jato e o golpe de Estado no Brasil. “Agradeço a cada argentino que prestou solidariedade a mim quando fui preso no Brasil”, ressaltou. 

    “A mesma perseguição que me colocou em cárcere é a mesma perseguição que a companheira Cristina foi vítima e é vítima aqui na Argentina”, denunciou.

    Ele ainda agradeceu Alberto Fernandez que era candidato a presidente da Argentina e “teve coragem de ir na cadeia me visitar, mesmo eu pedindo para ele tomar cuidado que talvez não fosse prudente”.

    E concluiu: “esse é um dia para vocês encherem o coração de esperança, porque a democracia não é um pacto de silêncio [...] é o momento extraordinário em que nós nos manifestamos na construção de uma sociedade efetivamente justa, igualitária, humanista, fraterna, onde o ódio seja extirpado e o amor seja o vencedor”. E ainda disse que estará ao lado de Fernandez para “melhorar a vida do povo argentino”.

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