Veja por que Donald Trump fala em anexar a Groenlândia

247 - Defensor de uma polêmica proposta em sua política externa, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), da extrema-direita norte-americana, considera a Groenlândia estratégica para a segurança nacional dos EUA. A ilha poderia abrigar sistemas de interceptação de mísseis provenientes da Europa ou do Ártico, e radares instalados na região ajudariam a identificar navios e submarinos. O político toma posse em 20 de janeiro como chefe da Casa Branca. 

Com cerca de 56 mil habitantes, a Groenlândia é rica em metais e possui reservas de petróleo e gás. A ilha contém hidrocarbonetos (usados na produção de combustíveis), ouro e urânio (utilizado na geração de energia nuclear e na fabricação de armas atômicas).

Antiga colônia dinamarquesa, a Groenlândia passou a integrar o Reino da Dinamarca em 1953 e atualmente segue a Constituição do país europeu. No entanto, os povos indígenas e algumas políticas do governo local demonstram forte oposição à extração de petróleo e gás natural devido a preocupações ambientais.

A população da Groenlândia poderia votar pela independência e, eventualmente, aprovar uma associação aos Estados Unidos. Caso tal projeto fosse apresentado, seria debatido por meio de um referendo — quando a população é consultada após a formulação de uma proposta. Em plebiscitos, as pessoas opinam antes da elaboração de uma medida. No entanto, analistas indicam que a probabilidade de aprovação de um projeto desse tipo é baixa.

Presidente dos EUA entre 1945 e 1953, Harry Truman (1884-1972) tentou comprar a Groenlândia por US$ 100 milhões em ouro após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Embora não tenha obtido sucesso, os EUA instalaram uma base militar na ilha com a autorização da Dinamarca.

>>> Claudia Sheinbaum rebate ameaças de Trump com mapa histórico do "Grande México" (vídeo)

>>> Humberto Costa: 'presidenta mexicana deu uma voadora à altura' do que Trump merece (vídeo)