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    Viktor Orbán diz que é impossível substituir gás russo por combustível 'caro' dos EUA

    Primeiro-ministro da Hungria diz que gás russo é a única opção de seu país

    Viktor Orbán (Foto: Reuters/Francois Lenoir)
    Aquiles Lins avatar
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    Do RT - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse, na sexta-feira, que há países que não poderão substituir o gás russo pela alternativa americana mais cara.

    Falando à estação de rádio local Kossuth, antes das eleições parlamentares deste fim de semana, Orbán disse que o gás russo é a única opção de seu país, já que a Hungria não tem litoral e não poderá receber gás liquefeito diretamente dos EUA. 

    Orbán reiterou que a Hungria condena o ataque da Rússia contra a Ucrânia e que entende os esforços do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, pois seu país está em apuros e ele está cuidando dos interesses ucranianos, mas afirmou que a Hungria “não pode ajudar o povo ucraniano destruindo a si mesmo.” 

    "Esta guerra não é nossa guerra, não podemos ganhar aqui, mas podemos perder tudo. A questão é se teremos uma economia ao final dela ou não", acrescentou.

    Ele acrescentou que é impossível para a Hungria “desligar o gás russo barato e comprar energia americana cara”, acrescentando que não é viável para a Europa contar com o transporte de volumes suficientes de gás liquefeito dos EUA através do oceano, e que não há alternativa aos fornecimentos russos num futuro próximo, em particular para a Hungria. 

    “Não se trata de vestir um suéter à noite, ou diminuir um pouco o aquecimento ou pagar um pouco mais pelo gás, é sobre o fato de que, se não houver energia vinda da Rússia, a Hungria ficará sem energia", disse Orbán.

    O primeiro-ministro foi criticado pela Ucrânia e seus apoiadores por se recusar a tomar uma posição definitiva contra a Rússia. O presidente Zelensky pediu ao líder húngaro que pare de “ficar em cima do muro” e escolha um lado no conflito entre Kiev e Moscou.

    Ao contrário de outras capitais da UE, Budapeste até agora se recusou a enviar armas para a Ucrânia ou permitir que outros países movimentassem remessas por seu território. 

    Mais cedo, Orbán disse que a Hungria tem a intenção de cuidar primeiro de seus próprios interesses e manterá um “ponto de vista húngaro”, mas enfatizou que “deve ficar claro para os russos que não vale a pena prosseguir com essa guerra”, alertando ao mesmo tempo que a Europa deve evitar se ferir “mais do que os russos”.

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