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    Violência contra trabalhadores humanitários atingiu recorde em 2023, diz ONU

    Segundo a ONU, 280 trabalhadores humanitários foram mortos ao redor do mundo em 2023, o maior número já registrado

    Comboio de ajuda humanitária da ONU atacado por Israel na Faixa de Gaza (Foto: Thomas White/UNRWA via X)

    247 - A ONU condenou nesta segunda-feira (19) a crescente violência contra trabalhadores humanitários, destacando que 280 deles foram mortos ao redor do mundo em 2023, o maior número já registrado, destaca a agência Lusa. A guerra em Gaza também teve um papel significativo nesse aumento alarmante.

    "A normalização da violência contra trabalhadores humanitários e a impunidade dos responsáveis é inaceitável e extremamente perigosa para as operações humanitárias globais", afirmou Joyce Msuya, chefe interina do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em um comunicado que marca o Dia Mundial da Ajuda Humanitária.

    O aumento de 137% nas mortes em comparação a 2022, quando 118 trabalhadores perderam a vida, é particularmente preocupante. Mais da metade dessas mortes ocorreu em Gaza nos primeiros três meses do conflito entre Israel e o Hamas. Além de Gaza, Sudão do Sul e Sudão também figuram entre os locais mais mortíferos para esses profissionais. Com 176 mortes já registradas entre 1º de janeiro e 9 de agosto de 2024, a ONU alerta que este ano pode superar o recorde de 2023.

    A ONU e outras organizações humanitárias estão fazendo um apelo global para que se ponha fim aos ataques contra civis e para a proteção dos trabalhadores humanitários, solicitando que os culpados sejam responsabilizados. A campanha #ActforHumanity é parte desse esforço, incentivando o público a se unir à causa.

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