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    Zelensky diz que não haverá eleições na Ucrânia enquanto durar a guerra

    Seu mandato presidencial termina em 31 de março de 2024, mas ele quer permanecer no poder

    (Foto: Reprodução)

    247 - Em meio a uma lei marcial vigente, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira (6) que "não é o momento certo para eleições", referindo-se ao final iminente de seu mandato de cinco anos, de acordo com informações do site The Hill

    Durante seu comunicado em vídeo, o presidente expressou sua preocupação em relação ao momento político e social pelo qual a Ucrânia passa. Segundo ele, o país não deveria estar se preocupando com processos eleitorais enquanto tenta se defender de uma operação militar russa que começou em fevereiro de 2022. "E finalmente, as ondas de qualquer coisa politicamente divisiva devem parar", enfatizou. E acrescentou: "Devemos perceber que agora é o momento de defesa, o momento da batalha que determina o destino do estado e do povo, não o momento de manipulações, que é exatamente o que a Rússia espera da Ucrânia."

    O líder ucraniano reconhece a necessidade de coesão política em tempos de crise. "E se precisamos encerrar uma disputa política e continuar trabalhando em unidade, existem estruturas no Estado que são capazes de pôr fim a isso e fornecer à sociedade todas as respostas necessárias", afirmou Zelensky, reforçando a necessidade de evitar conflitos internos e manipulações externas.

    As eleições presidenciais ucranianas acontecem tradicionalmente a cada cinco anos. Com a próxima prevista para março de 2024 e considerando que Zelensky assumiu o cargo em maio de 2019, o término de seu mandato está próximo. No entanto, complicando o panorama eleitoral, as eleições parlamentares, originalmente marcadas para outubro, foram adiadas devido à lei marcial imposta em resposta à invasão russa.

    Em uma tentativa de resposta ao impasse eleitoral, Zelensky, em agosto, sugeriu possíveis eleições em 2024, condicionando a realização do pleito a mudanças legislativas e apoio externo. Contudo, dias depois, o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak expressou ceticismo, afirmando que o país não estava preparado para eleições naquele ano.

    Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (KIIS) revelou que 81% dos ucranianos são contrários a eleições sob lei marcial. A mesma pesquisa apontou que 65% estão céticos quanto ao voto remoto por medo de fraudes, enquanto 29% apoiam esse formato.

    A pesquisa, que ouviu 1.010 pessoas por telefone entre 30 de setembro e 13 de outubro, possui uma margem de erro de 2,4%.

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