Zelensky fala pela primeira vez em envolver russos no processo de paz
Presidente da Ucrânia reiterou sua posição de que Moscou não deveria participar da conferência de paz na Suíça, programada para 15 e 16 de junho
(Sputnik) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mencionou pela primeira vez a possibilidade da participação da Rússia na discussão do "plano de paz" para o conflito na Ucrânia, dizendo que o texto do documento relevante será transferido aos representantes russos no final.
Zelensky fez o anúncio em uma entrevista ao jornal alemão Bild, divulgada nesta quarta-feira (10). Os participantes da conferência de paz da Ucrânia na Suíça concordarão com alguns pontos e detalhes específicos durante a primeira edição, programada para 15 e 16 de junho, disse o presidente ucraniano. Após isso, os participantes desenvolverão uma visão de consenso e elaborarão um plano completo, e alguns negociadores apresentarão o documento aos representantes russos, ele disse ao Bild.
Ao mesmo tempo, Zelensky reiterou sua posição de que Moscou não deveria participar da conferência de paz.
Espera-se que a Suíça seja a anfitriã da conferência de paz sobre a Ucrânia perto da cidade de Lucerna em junho. O porta-voz da embaixada russa em Berna, Vladimir Khokhlov, disse à Sputnik nesta terça-feira (9) que a Suíça não convidou a Rússia para o cume, acrescentando que Moscou não planejava participar do evento mesmo se convidada.
Em 15 de janeiro, a presidente suíça Viola Amherd disse que Zelensky pediu a Berna para sediar uma cúpula de paz sobre a Ucrânia. Kiev quer que a comunidade internacional endosse o plano de paz de 10 pontos de Zelensky, frequentemente referido como a "fórmula", disse a presidência ucraniana.
Em 23 de janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, teve uma reunião com Cassis e disse a ele que Moscou levou em consideração a decisão de Berna de se afastar de seus princípios de neutralidade e apoiar plenamente Kiev. Em 3 de fevereiro, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o potencial da Suíça como um "mediador honesto" na resolução de conflitos havia se esgotado, com Berna "aderindo cegamente" às políticas dos EUA e da UE.
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