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    Zelensky pedirá a Biden, Trump e Kamala Harris que imponham plano de “paz “ à Rússia

    Chefete ucraniano exige retirada da Rússia de territórios

    Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky 09/06/2024 (Foto: REUTERS/Kevin Mohatt)

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    Reuters - O ucraniano Volodymyr Zelensky disse na terça-feira (27) que a guerra com a Rússia acabaria em diálogo, mas que Kiev tinha que estar em uma posição forte e que ele apresentaria um plano ao presidente dos EUA, Joe Biden, e seus dois potenciais sucessores.

    O líder ucraniano, em entrevista coletiva, disse que a incursão de Kiev na região russa de Kursk, que já dura três semanas, fazia parte desse plano, mas que também incluía outras medidas nas frentes econômica e diplomática.

    "O ponto principal deste plano é forçar a Rússia a acabar com a guerra. E eu quero muito isso - (que seja) justo para a Ucrânia", ele disse a repórteres em Kiev..

    Ele não deu mais detalhes sobre os próximos passos, mas disse que também discutiria o plano com a vice-presidente democrata Kamala Harris e provavelmente também com o republicano Donald Trump, os dois indicados para a eleição presidencial dos EUA.

    Zelensky disse que esperava ir aos Estados Unidos em setembro para participar da Assembleia Geral da ONU em Nova York e que estava se preparando para se encontrar com Biden.

    Seus comentários indicaram que ele vê o principal fórum potencial para negociações como uma cúpula internacional de acompanhamento sobre a paz, na qual a Ucrânia disse que quer que a Rússia tenha representantes.

    A primeira cúpula para promover a visão de paz de Kiev, realizada na Suíça em junho, excluiu claramente a Rússia, ao mesmo tempo em que atraiu dezenas de delegações, mas não da China, a segunda maior economia do mundo, apesar do esforço de Kiev para conquistar o sul global.

    O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em 19 de agosto que as negociações estavam fora de questão depois que a Ucrânia lançou uma grande incursão transfronteiriça na região russa de Kursk em 6 de agosto.

    O primeiro-ministro indiano Narendra Modi, que esteve em Kiev na semana passada, falou por telefone com o presidente russo Vladimir Putin na terça-feira e disse que apoiava uma resolução rápida e pacífica para o conflito na Ucrânia.

    Zelensky tem sido inflexível ao afirmar que a Rússia quer ditar os termos à Ucrânia em qualquer acordo de guerra, algo que Kiev vê como inaceitável.

    Putin disse que qualquer acordo precisa começar com a aceitação da Ucrânia de "realidades no terreno", o que deixaria a Rússia com a posse de pedaços substanciais de quatro regiões ucranianas, bem como da Crimeia. Agora, a Ucrânia diz que controla mais de 1.200 km² (463 milhas quadradas) da região de Kursk da Rússia.

    "Não pode haver concessões com Putin, o diálogo hoje é, em princípio, vazio e sem sentido porque ele não quer acabar com a guerra diplomaticamente", disse Zelensky na entrevista coletiva.

    Ele disse que a ofensiva na região de Kursk reduziu o número de governos ao redor do mundo pedindo que a Ucrânia faça concessões à Rússia para acabar com a guerra e abrir mão de faixas de território.

    No campo de batalha, Zelensky zombou de Putin, que, segundo ele, estava priorizando a captura de terras ucranianas em detrimento da defesa do próprio território russo.

    Ele apontou para a região de Kursk, onde a Ucrânia reivindicou a captura de 100 povoados, enquanto as forças russas continuam avançando na região oriental de Donetsk.

    O líder ucraniano também disse que Kiev continua a progredir na produção nacional de armas e que realizou seu primeiro teste de um míssil balístico produzido internamente.

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