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    Cautela e estudo: pesquisa revela o perfil do apostador brasileiro

    80% gastam até R$ 100 por semana e reinveste o que ganha. Regulamentação das apostas esportivas segue calendário do Ministério da Fazenda.

    Jogadores dominam conceitos básicos e pesquisam antes de apostar (Foto: Freepik)

    O avanço do processo de regulamentação dos jogos de aposta online pelo Governo Federal acendeu um alerta. A preocupação para os menos entusiastas da ideia é com os possíveis efeitos negativos do jogo para a população.

    Para lidar com esse receio é preciso conhecer o perfil e o comportamento de quem já aposta. Um estudo inédito realizado pela agência ENV Media buscou exatamente este tipo de informação, jogando uma luz sobre os hábitos dos apostadores brasileiros.

    A pesquisa, realizada com 642 usuários do site de apostas esportivas KTO, identificou aspectos como os gastos por semana dos jogadores, as motivações para apostar e até mesmo detalhes como as estratégias utilizadas e as fontes de informação consultadas.

    Sem surpresas, o principal fator que leva os usuários a apostar é o potencial de fazer dinheiro com seus palpites: 59% dos entrevistados destacaram essa possibilidade. A emoção de assistir um jogo em que apostou aparece como o segundo maior motivo (19%). Apesar da publicidade agressiva das casas de apostas, a influência do marketing teve apenas 6% das respostas.

    O investimento médio dos usuários entrevistados revela uma relação de cautela com os riscos do jogo online. 80% gastam até R$ 100 por semana, sendo que a maior fatia (39%) aposta entre R$ 10 e R$ 50. Mais do que isto, a maioria esmagadora (75%) reinveste parte dos ganhos e outros 12% reaplicam todo o lucro, comprometendo menos do seu orçamento.

    As apostas também são, em sua maioria, fruto de algum estudo por parte dos jogadores. 44% afirmaram dedicar entre 30 minutos e uma hora à pesquisa antes de realizar suas entradas. Os sites de notícias esportivas (52%) e as análises ou dicas de especialistas (47%) são as principais fontes de informação.

    Apesar disso, as estratégias ou sistemas de apostas não são amplamente utilizadas. Apenas 8% afirmaram empregar sempre uma tática consistente, enquanto 35% responderam negativamente.

    Uma possível explicação vem da experiência de aprendizado desses apostadores. A maior parte citou amigos ou familiares (56%) como primeiro contato na hora de aprender a apostar, à frente até mesmo dos próprios sites de apostas (51%). Os conteúdos online vieram a seguir, com destaque para os vídeos no Youtube (46%).

    Isto faz com que ainda existam importantes lacunas no conhecimento em relação às apostas. Embora demonstrem domínio dos tipos de apostas mais básicos, mercados mais avançados e potencialmente lucrativos são deixados de lado. É o caso das apostas de handicap, feijão com arroz para os apostadores profissionais, mas desconhecidas para 26% dos entrevistados.

    A regulamentação das apostas esportivas segue calendário definido pelo Ministério da Fazenda, responsável por editar as portarias que ditam os rumos do setor. A partir de 1º de janeiro de 2025, apenas as empresas autorizadas pela pasta poderão explorar o mercado no Brasil.

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