Futebol Brasileiro: Será Que o Dinheiro Atrapalha?
As notícias se concentram nas Olimpíadas, mas a ausência do futebol brasileiro é notada.
É claro que as notícias esportivas por estes dias se concentram muito nos Jogos Olímpicos e não tanto no futebol, que ainda é o esporte mais procurado nas apostas, ainda mais com o Código Bônus Parimatch. Logo, nota-se a ausência do futebol brasileiro nas Olimpíadas. O que aconteceu?
Um exame detalhado demonstra que a ausência não é tão extraordinária. Afinal, a participação do futebol e o seu conceito de favoritismo nas Olimpíadas sempre foram complicados. Devido às regras de escalação, um tanto diferentes, a lista de vencedores pode parecer estranha para quem está acostumado com a Copa do Mundo. Por exemplo, a Alemanha nunca ganhou a medalha de ouro, mas Canadá, Camarões e Nigéria já. A Hungria ganhou o ouro três vezes. E o Brasil, afinal, já ficou de fora das Olimpíadas em 1956, 1980, 1992 e 2004.
Mas a ausência é notada, e aumentam as reclamações. Apesar do ouro olímpico conquistado em 2020 e 2016, o desempenho brasileiro nas últimas edições da Copa Fifa tem sido ruim. Mais recentemente, o Brasil foi eliminado da Copa América, com muitas críticas para a equipe e para o treinador. É fácil encontrar quem se declare desanimado com o futebol brasileiro. Nas seções de comentários da Internet, muitos leitores reclamam abertamente, principalmente dos jogadores. Muita gente acha que os jogadores de hoje não se esforçam tanto quanto deveriam. Jornalistas apontaram a geração atual de jogadores como a pior da história. Ronaldinho Gaúcho, extremamente insatisfeito, avaliou que “falta tudo” na seleção e que nem sequer iria assistir aos jogos da seleção na Copa América. Até o presidente Lula, que já havia feito críticas duras no ano passado, voltou a se queixar, dizendo que “o Brasil não tem mais os melhores jogadores”.
O mais interessante é que todos os críticos, inclusive o presidente, parecem culpar os jogadores especificamente. Há até quem culpe o capitalismo pelo mau desempenho, deixando bem claro que os jogadores valorizam muito mais o dinheiro que o amor à camisa. Neymar é, disparado, o mais citado como exemplo de “mercenário” que não trata sua posição no esporte como deveria.
Enquanto isso, o futebol feminino tem crescido bastante, no Brasil e no mundo. Mas ainda não tem o mesmo apelo comercial que o futebol masculino. Será que essa situação vai gerar futebol de mais qualidade no futuro? É uma transformação que leva tempo, mas pode ser muito interessante.
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