Renda variável é um bom negócio para o investidor iniciante?
Modalidade pode ser alternativa para quem estiver bem informado sobre o mercado financeiro.
Os investimentos em renda variável oferecem a possibilidade de bom retorno financeiro e, por isso, atraem o interesse dos investidores. No entanto, a modalidade também confere mais riscos em comparação com a renda fixa, o que causa dúvidas sobre como e quando aplicar e, também, quem deve fazê-lo.
O investidor iniciante precisa, antes de tudo, estudar o mercado financeiro, como orienta a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Há diferentes tipos de investimento em renda variável e é necessário conhecê-los: saber qual é o valor para investir, a rentabilidade, a liquidez, a dinâmica e os riscos da operação.
Outra orientação da Anbima é compreender o contexto econômico para tomar decisões com maior segurança, pois vários fatores interferem no comportamento dos investimentos. No momento, com a alta da taxa básica de juros Selic, fixada em 9,25% ao ano, os produtos de renda fixa tornaram-se mais rentáveis do que antes e voltaram a ser competitivos.
A variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, também é outro fator que interfere diretamente nos investimentos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice está acumulado em 10,74% nos últimos 12 meses, entre novembro de 2020 e novembro de 2021. Desta forma, os investimentos atrelados à inflação apresentam bom rendimento no momento.
Além da economia nacional, é preciso estar bem informado sobre o contexto econômico internacional. A alta do dólar também tem influência sobre alguns investimentos.
Objetivo e perfil
Além de uma análise externa sobre os investimentos, as operações e o contexto econômico, antes de investir em renda variável, a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) aconselha avaliar os objetivos e o perfil do investidor.
Saber a finalidade com que se investe contribui para definir questões como quanto almeja de retorno financeiro e qual é o prazo para conquistá-lo. Assim, é possível avaliar se é válido investir em um produto mais arriscado, mas que ofereça maior retorno financeiro ou não.
Outro ponto a ser analisado é o perfil do investidor para identificar qual é o valor disponível para aplicar e qual é a tolerância aos riscos. Ações, fundos de investimento imobiliário (FIIs), fundos de índice (ETFs), fundos cambiais e criptomoedas são alguns exemplos de investimentos em renda variável. A oferta é vasta, sendo possível achar produtos com valores acessíveis aos pequenos investidores.
Os especialistas do mercado financeiro afirmam que o investidor iniciante pode optar pela renda variável, desde que a modalidade seja compatível com seus interesses e ele tenha conhecimento para fazer escolhas assertivas.
Por onde começar
Os fundos de investimento imobiliário e os fundos de índice são considerados as aplicações mais seguras dentro da renda variável, sendo apontados como o primeiro passo para quem pretende ingressar na modalidade. Ambos contam com gestão profissional, o que facilita a vida do investidor.
Para ingressar na renda variável, é preciso abrir uma conta em uma corretora de investimentos para ter acesso à plataforma de negociações dos ativos. A empresa terá uma equipe de profissionais que poderá dar suporte e esclarecer dúvidas dos investidores, auxiliando sobre as melhores estratégias para diluir riscos e obter bons resultados.
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