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    Sobre a CPI, Barroso "atuou como todos os ministros atuariam", afirma Alexandre de Moraes

    Ao Grupo Prerrogativas, em entrevista retransmitida pela TV 247, o ministro do STF repudiou as agressões disparadas contra Barroso, que partiram principalmente de Bolsonaro: "em nenhuma hipótese é aceitável o nível de agressões que foi praticado. Realmente lamentáveis as agressões, que acabaram se multiplicando por fanáticos milicianos digitais"

    Ministro do STF Alexandrede Moraes (Foto: Carlos Moura/STF)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em entrevista ao Grupo Prerrogativas neste sábado (10) retransmitida pela TV 247, repudiou os ataques proferidos contra o ministro Luís Roberto Barroso, principalmente por parte de Jair Bolsonaro.

    Os ataques surgiram após Barroso determinar que o Senado cumprisse com sua obrigação de instalar uma CPI para investigar as ações e omissões do governo federal acerca da pandemia de Covid-19.

    "Em nenhuma hipótese é aceitável o nível de agressões que foi praticado contra o ministro Luís Roberto Barroso. Decisões judiciais nós podemos concordar, discordar, criticar acidamente, recorrer, podemos conseguir reverter, agora, uma decisão judicial fundamentada, pública, transparente não faz e não cria o direito de ninguém, ninguém, poder ofender da forma como se ofendeu o ministro Luís Roberto Barroso", afirmou Moraes. 

    Ele também prestou apoio ao ministro: "fica aqui minha solidariedade, não só como amigo do ministro Luís Roberto Barroso, mas como colega de Supremo Tribunal Federal". 

    Moraes declarou que Barroso "atuou exatamente como todos os ministros atuariam" ao determinar a instalação da CPI e logo após solicitar que sua própria decisão fosse levada ao plenário do Supremo. "O ministro Luís Roberto Barroso e eu somos os maiores defensores de uma alteração regimental para que todas as decisões monocráticas, as liminares, sejam imediatamente colocadas na próxima sessão virtual ou presencial, o que for mais rápido. Foi exatamente o que o ministro Luís Roberto Barroso fez. Ele concedeu a liminar na quinta-feira, pediu imediata pauta ao presidente, ministro Luiz Fux, que já pautou para a sessão virtual da próxima sexta-feira".

    Alexandre de Moraes ainda classificou como "milicianos digitais" os que reproduziram as graves ofensas ditas contra Barroso. "Realmente lamentáveis as agressões, que acabaram se multiplicando por fanáticos milicianos digitais. Podem até discordar da decisão do ministro Luís Roberto Barroso, mas jamais, jamais, poderão discordar do seu caráter, da sua hombridade, da sua competência como ministro do Supremo Tribunal Federal".

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