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    Aumenta a pressão em cima de Bolsonaro: impeachment já mobiliza bastidores do Congresso e do Supremo

    Políticos e ministros do STF já não descartam a possibilidade de Jair Bolsonaro perder completamente as condições de manter sua base política e sofrer um processo de impeachment. Antes feitos pela oposição, pedidos de afastamento já ganharam as ruas

    Crimes de responsabilidade na Saúde fazem aumentar pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

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    247 - Políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já levam em consideração a possibilidade de Jair Bolsonaro sofrer um processo de impeachment. Não é descartada a hipótese de ele perder completamente as condições de comandar o País. O clima de impeachment já se instalou no Congresso. A informação foi publicada pela Coluna do Estadão. O Centrão elabora uma lista de reivindicações para apoiar o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) na disputa pela presidência da Câmara. O parlamentar é o candidato apoiado por Bolsonaro. 

    De acordo com aliados do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o parlamentar tem ameaçado dar aval à sequência de um processo de impeachment contra Bolsonaro até o final do seu mandato, que se encerra na próxima segunda-feira (1).

    Pedidos de impeachment, antes feitos por políticos da esquerda, já ganha as ruas. No dia 15 deste mês, várias cidades brasileiras tiveram panelaços exigindo "Fora Bolsonaro".

    O Centro Acadêmico XI de Agosto, formado por alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), apresentou a Maia uma denúncia por crime de responsabilidade contra Jair Bolsonaro. Engenheiros da Escola Politécnica da USP e 700 ex-alunos de medicina da USP já haviam manifestado posição favorável ao afastamento dele.

    Os pedidos de impeachment também foram feitos por cerca de 700 docentes de Direito e egressos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    Manaus

    A pressão pelo afastamento de Bolsonaro aumentou após a falta de oxigênio em unidades de saúde de Manaus (AM). Documentos públicos apontaram que o ministério da Saúde, comandado atualmente pelo general Eduardo Pazuello, sabia do cenário crítico sobre o sistema de saúde do município oito meses antes de ser constatada a falta do insumo.

    A Advocacia-Geral da União (AGU) havia informado ao STF que o governo federal sabia do iminente colapso do sistema de saúde no Amazonas 10 dias antes da crise. O ministério relata reuniões do secretariado do ministério da Saúde, realizadas entre 3 e 4 de janeiro, onde foi constatada a "possibilidade iminente de colapso do sistema de saúde, em dez dias".

    Em outra manifestação, o procurador da República Igor Spindo disse que a causa principal para que o oxigênio faltasse para pacientes de coronavírus em Manaus na última semana foi a interrupção do transporte deste insumo pela Força Aérea Brasileira (FAB), ainda não se sabe por ordem de quem. 

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