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    Bolsonaro descobre que não governa sozinho

    Na crise política encabeçada pleo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, o presidente Jair Bolsonaro esperava uma demissão do seu companheiro de equipe, mas ele e o seu filho Carlos Bolsonaro (PSL) "ficaram isolados diante da maré de solidariedade ao ministro, e tiveram de recuar suas tropas"; análise do jornalista Marco Damiani

    Bolsonaro descobre que não governa sozinho (Foto: Ricardo Moraes - Reuters)
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    247 - Na crise política encabeçada pleo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, o presidente Jair Bolsonaro esperava uma demissão do seu companheiro de equipe, mas começa a perceber que a gestão vai muito além das palavras do chefe do Planalto. Bebianno é suspeito de ter autorizado a liberação de R$ 400 mil em recursos públicos do fundo partidário para uma candidata "laranja" do PSL. Em reunião no Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a Bebianno que ele fica no governo, conforme apontou o jornal Folha de S.Paulo.

    O jornalista Marco Damiani reforça, no site BR 2 Pontos, que, "ao corroborar a iniciativa filial, o presidente, por um momento, achou que bastaria apenas aguardar uma carta de exoneração ou, quando muito dar uma canetada de Bic para fazer sua própria vontade".

    "Não houve uma coisa nem outra, porque o mundo político, entre integrantes do próprio Executivo, como o general Mourão, do Legislativo, na figura de destaque do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e a associação entre mídia e observação pública, traduzida na voz de colunistas de peso e editoriais de veículos tradicionais, não permitiu que Bolsonaro fizesse o que queria fazer: botar Bebbiano, de maneira humilhante, para fora do Palácio do Planalto", disse.

    "Foi didático. O presidente e seu filho Carluxo ficaram isolados diante da maré de solidariedade ao ministro, e tiveram de recuar suas tropas. Nesta posição menos belicosa, espera-se que o presidente acomode-se agora, sob pena, como ele percebeu, de perder lastro rapidamente e receber em paga por seus rompantes a ingovernabilidade", acrescentou.

     

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