Bolsonaro pede monitoramento militar para evitar protestos semelhantes aos do Chile
Em sua tentativa de criminalizar protestos, Jair Bolsonaro acionou o Ministério da Defesa para monitorar possíveis manifestações no Brasil semelhantes aos que ocorrem no Chile. Se necessário, o governo brasileiro acionará as Forças Armadas
247 - Jair Bolsonaro acionou o Ministério da Defesa para monitorar possíveis manifestações no Brasil semelhantes aos que ocorrem atualmente no Chile. Se necessário, o governo brasileiro acionará as Forças Armadas. Até o momento, confrontos entre policiais e manifestantes chilenos contrários ao governo de Sebastian Piñera, aliado de Bolsonaro, deixaram ao menos 15 mortos. Pela primeira vez após a Ditadura de Augusto Pinochet, o Exército foi às ruas após o governo decretar Estado de emergência. Mais de 1.400 pessoas foram detidas.
Os chilenos pagarão reajuste de 30 pesos amais (equivalente a R$ 0,17) nas tarifas do metrô de Santiago, capital do país.
"Nós nos preparamos", disse Bolsonaro nesta quarta-feira (23) em seu último dia de viagem a Tóquio. "Conversei com o ministro de Defesa (Fernando Azevedo) sobre a possibilidade de ter movimentos como tivemos no passado, parecidos como o que está acontecendo no Chile", afirmou ele a jornalistas.
"A gente se prepara para usar o artigo 142 da Constituição Federal, que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles (integrantes das Forças Armadas) venham a ser convocados por um dos três Poderes", complementou.
Na entrevista, Bolsonaro afirmou estar preocupado com conflitos que ocorrem em quase todos os países da América do Sul e reclamou mais uma vez de manifestações feitas pelo senador Humberto Costa (PT-PE) contra o governo.
"O último país em ebulição (da América do Sul) é o Chile e o senador Humberto Costa, apesar da estatura dele, um senador anão, não deixa de estimular as massas para o confronto", afirmou.
Também no Japão, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno, acusou a "esquerda radical" de estar po trás das manifestações para criar uma ambiente de conturbação e tentar voltar aos governos.
"Na América do Sul estamos vivendo um momento difícil em que a esquerda radical, desesperada com a perda de poder, vai jogar todas as suas fichas na mesa para conturbar a vida dos países sul-americanos e tentar retornar ao poder de qualquer maneira e nos jogar no abismo que nós paramos na porta", disse o militar.
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