Bolsonaro pretende morar na Itália e evitar uma possível prisão no Brasil
Segundo Jair Bolsonaro, o Judiciário está próximo de expedir uma ordem de prisão contra ele
247 - Jair Bolsonaro (PL) não quer voltar ao Brasil. A viagem para a cidade norte-americana de Orlando, na Flórida (EUA), no final de dezembro, é parte de um plano de proteção contra uma prisão. A família (ele, a esposa e uma filha menor) pretende tirar o mais rápido possível a emissão da cidadania italiana na Embaixada da Itália em Brasília (DF).
De acordo com informações publicadas nesta quinta-feira (5) pela revista IstoÉ, Bolsonaro entende que, em pouco tempo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ou outro juiz vai determinar a prisão dele. O ex-ocupante do Planalto é investigado por envolvimento em um esquema de fake news. A Polícia Federal afirmou que Bolsonaro cometeu crime ao associar a Aids a uma vacina contra Covid-19.
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Filhos de Bolsonaro com mandatos, Flávio (senador do PL-RJ), Eduardo (deputado federal do PL-SP) e Carlos (vereador do PL no município do Rio de Janeiro) também estão com pedido de cidadania em aberto, mas não querem deixar o Brasil.
Oficialmente a Embaixada não confirmou o protocolo dos pedidos e respondeu à revista que não pode fornecer informações sobre esse tipo de pedido por questões de sigilo.
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Durante o seu governo, Bolsonaro foi alvo de mais de 140 pedidos de impeachment. Foi acusado de crimes relacionados à pandemia e está entre os pedidos de indiciamento sugeridos pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid a autoridades do Judiciário.
O ex-chefe do Executivo federal enfrenta acusações de apologia a torturas e de participação em um esquema de fake news. Também foi acusado de estímulos a protestos favoráveis a um golpe, com fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
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Nos últimos anos, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. Também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições.
Em novembro passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas.
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