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    Bolsonaro: 'se não tiver auditoria, não vai ter eleição'

    Segundo interlocutores de Jair Bolsonaro, ele pretende acionar Forças Armadas, CGU e AGU para ajudar a uma auditoria nas eleições, ou seja, a possibilidade de golpe continua

    (Foto: Agência Brasil)

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    247 - Interlocutores de Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que ele pretende acionar Forças Armadas, Controladoria-Geral da União (AGU) e Advocacia-Geral da União (AGU) para fiscalizar o processo eleitoral. "Se não tiver auditoria, não vai ter eleição", disse Bolsonaro em uma das reuniões reservadas que tem feito para tratar do assunto, de acordo com uma testemunha do encontro. A informação foi publicada nesta quinta-feira (19) pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo. 

    As declarações de Bolsonaro são mais um indicativo de que ele pretende dar um golpe caso seja derrotado na eleição de outubro. A ideia é que as Forças Armadas, a CGU e a AGU ajudem na auditoria que deve ser contratada pelo PL. Cada uma das instituições acionaria o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) separadamente para atuar na fiscalização do pleito. 

    Militares veem com ressalvas a estratégia de Bolsonaro de envolver as três entidades no processo eleitoral. "As Forças Armadas não fazem auditoria", destacou uma fonte do ministério da Defesa à coluna. "Elas são utilizadas na segurança da Garantia da Votação e Apuração, durante os dias de votação, por solicitação dos tribunais regionais eleitorais, após aprovação do TSE".

    As urnas que registram os votos da população são utilizadas desde as eleições municipais de 1996. Nunca uma acusação de fraude foi comprovada.

    Reações

    Declarações de Bolsonaro têm tido reações de juristas brasileiros. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber enviou nessa quarta-feira (18) à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra ele por causa dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro. 

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, informou nessa terça-feira (17) que a eleição no Brasil terá ao menos cem observadores internacionais

    Juristas e professores enviaram um documento à Organização das Nações Unidos (ONU) repudiando os ataques de Bolsonaro às urnas. 

    Na última sexta-feira (13), o TSE concluiu testes nas urnas eletrônicas e reforçou que ninguém conseguiu alterar votos ou afetar apuração.

    Exterior 

    Indicada para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, 69 anos, afirmou nesta quarta-feira (18) que o Brasil tem "todas as instituições democráticas para realizar eleições livres e justas".

    Em abril, o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu um dossiê alertando para os ataques ao sistema eleitoral brasileiro. "Seus constantes ataques (de Bolsonaro) às eleições devem levar governos internacionais a apoiar a democracia brasileira", destacou o relatório entregue a políticos estadunidenses.

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